O ex-técnico da seleção feminina da Espanha, Jorge Vilda, declarou nesta quarta-feira (12) que não cometeu nenhuma infração relacionada ao caso do ex-presidente da federação, Luis Rubiales, que é investigado por dar um beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso. Vilda, que é um dos acusados junto com Rubiales e dois ex-dirigentes da federação de futebol, é acusado de coagir Hermoso a afirmar publicamente que o beijo foi consensual. Ele relatou que conversou com o irmão de Hermoso, Rafael, de forma voluntária durante o voo que trouxe a equipe de volta da Austrália após a Copa do Mundo Feminina.
Durante seu testemunho no tribunal, Vilda mencionou que sugeriu a Rafael Hermoso a busca por uma maneira de normalizar a situação, enfatizando a importância de falar sobre a Copa do Mundo. Ele destacou que sua intenção era reduzir a atenção que o incidente do beijo estava gerando na mídia. Esse momento foi presenciado por milhões de pessoas e ocorreu após a seleção feminina da Espanha conquistar o título mundial. O incidentes subsequentes impulsionaram o movimento “Me Too” no futebol feminino em Espanha, onde as jogadoras passaram a lutar contra o sexismo e a buscar a equidade em relação aos atletas masculinos.
Luis Rubiales, que prestou depoimento nesta terça-feira (11), também negou as acusações, afirmando que o beijo foi consensual, enquanto Jenni Hermoso declarou que não houve consentimento. Os outros dois ex-dirigentes da federação de futebol, Albert Luque e Ruben Rivera, defenderam-se das acusações nesta quarta-feira, igualmente negando qualquer irregularidade. O julgamento se aproxima de seu encerramento, com o veredito aguardado nas próximas semanas.