De acordo com informações recentes, uma reunião entre a Casa Civil e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está prevista para ocorrer nesta ou na próxima semana. O objetivo da reunião é discutir a autorização necessária para que a Petrobras realize pesquisas na Margem Equatorial, localizada no Amapá. Os estudos na região têm um prazo estimado de conclusão de cerca de dois anos.
A Margem Equatorial consiste em uma área que abrange as zonas marítimas da costa do Brasil, Guiana, Suriname e outras partes da América do Sul. Esta região é reconhecida por sua abundância em petróleo e gás natural, tornando-a um local atraente para grandes empresas do setor energético.
Durante uma entrevista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou a importância de agilizar o processo: “Precisamos autorizar que a Petrobras faça pesquisa na Margem Equatorial. O que não dá é ficar nesse lenga-lenga. O Ibama é um órgão do governo, e parece que age como se fosse contra ele”, afirmou Lula.
A autorização a ser concedida pelo Ibama permitirá a perfuração de poços para determinar a viabilidade econômica da extração de petróleo na Margem Equatorial. O prazo previsto para a avaliação do reservatório é de dois anos. Em 2023, estimativas governamentais indicaram que seria possível extrair até 10 bilhões de barris de petróleo na Foz do Amazonas, dentro desta mesma região. Contudo, a autorização para atividades petrolíferas foi negada pelo Ibama, resultando em um debate intenso sobre a questão ambiental e política.
Neste ano, conforme indicado por analistas, houve um esforço significativo do Planalto para obter a licença de exploração na Margem Equatorial. A intenção é resolver essa questão rapidamente, a fim de evitar repercussões na COP30, programada para novembro em Belém (PA).
O ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, declarou que as exigências do Ibama foram atendidas e demonstrou expectativa de que a licença de exploração seja concedida em breve. Lula também se pronunciou sobre a competência da Petrobras para a exploração na região, assegurando que a empresa cumpriria todos os procedimentos necessários para evitar danos ao meio ambiente.
No entanto, até o momento, o Ibama ainda não se manifestou publicamente sobre o tema, e o espaço permanece aberto para esclarecimentos.