O ouro apresentou leve estabilidade nesta quarta-feira, 12 de outubro, mantendo-se próximo do recorde histórico alcançado recentemente, que ultrapassou os US$ 3.000 por onça-troy. Durante a manhã, a cotação do metal precioso chegou a registrar uma queda superior a 1%, em resposta a um índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos que superou as expectativas, resultando em um fortalecimento do dólar e um aumento nas taxas dos Treasuries americanos. Esses ativos, que costumam se comportar de maneira inversa à commodity, influenciam diretamente o desempenho do mercado de ouro.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de ouro para abril teve uma redução de 0,13%, sendo cotado a US$ 2.928,70 por onça-troy. Diversos fatores fundamentais impulsionam os elevados preços do ouro observados recentemente. De acordo com análises de especialistas, muitos bancos centrais estão aumentando suas reservas deste metal precioso como uma estratégia para diminuir a dependência do dólar americano. Essa tendência tem gerado maior interesse entre os investidores institucionais que buscam diversificar além do mercado acionário dos EUA.
A recente valorização do ouro também é influenciada pelas incertezas em relação às políticas do presidente dos Estados Unidos, especialmente no que diz respeito às tarifas impostas. Essa situação provocou um descompasso significativo entre os mercados de futuros, como o Comex em Nova York, e o mercado físico em Londres. Apesar do otimismo persistente no setor, são consideradas cautelosas as previsões sobre a manutenção desses altos preços no médio prazo, devido a variáveis econômicas em constante mudança que podem impactar o mercado.