Durante uma coletiva de imprensa realizada na noite de 12 de outubro, o secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, informou que a operação no Complexo de Israel foi realizada com o objetivo de “salvar vidas”. A operação foi considerada emergencial, desencadeada por um movimento atípico nas comunidades de Cordovil, Parada de Lucas e Vigário Geral, localizadas na zona Norte do município. Dados de inteligência apontaram para uma intensa movimentação de criminosos armados na área.
Entre os alvos da operação estava o traficante conhecido como Peixão, que, conforme relatado pela Polícia Militar, estaria acompanhado de outros indivíduos envolvidos no crime dentro do complexo de favelas. Durante a ação, Peixão conseguiu fugir. Um helicóptero da PM foi atingido por dois disparos, obrigando-o a realizar um pouso forçado; felizmente, não houve feridos.
Relatos indicam que integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP) planeavam uma invasão ao bairro Quitungo. O secretário destacou que a operação “impediu um banho de sangue” que poderia ocorrer caso os criminosos conseguissem entrar na comunidade, o que levaria à opressão dos moradores e possíveis mortes devido a suspeitas de associação com o Comando Vermelho (CV), facção rival.
A operação contou com o apoio de diversas unidades, incluindo o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), o Batalhão de Ações com Cães e o Batalhão de Polícia de Choque. Para garantir a segurança da população, as principais vias, como a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, foram temporariamente bloqueadas por ordem da PM.