Em uma resposta humorística ao interesse do presidente dos Estados Unidos em anexar a Groenlândia, cidadãos da Dinamarca criaram uma petição online que propõe a aquisição da Califórnia. Esta proposta, que já arrecadou mais de 200 mil assinaturas, sugere que a Dinamarca levante US$ 1 trilhão para efetuar a compra do estado americano.
O texto da petição destaca diversas vantagens de tal medida, como o clima ensolarado da Califórnia, a presença de palmeiras e a produção de abacates, além do potencial da Dinamarca em expandir seus produtos tecnológicos. A proposta brinca com a ideia de que a Dinamarca poderia se beneficiar de um ambiente mais ensolarado e divertido.
Os responsáveis pela petição também sugerem que executivos da empresa Lego, bem como o elenco da série política dinamarquesa “Borgen”, sejam enviados como negociadores para formalizar o acordo. Além disso, há uma proposta para renomear a Disneylândia para “Hans Christian Andersenland”, prestando homenagem ao famoso autor dinamarquês de contos infantis, com referências humorísticas como “Mickey Mouse em um capacete Viking”.
Além de abordar benefícios para os californianos, como o acesso ao sistema de saúde universal da Dinamarca e uma política baseada em evidências, o texto menciona a intenção de trazer o conceito de “hygge” para Hollywood, implementar ciclovias em Beverly Hills e oferecer smørrebrød, um prato tradicional dinamarquês, em várias localidades.
Embora a petição tenha um tom cômico, surge em um contexto de crescente tensão política. O presidente Trump expressou repetidamente seu desejo de adquirir a Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca, considerando a compra essencial para a segurança nacional dos Estados Unidos. Ele também não descartou a possibilidade de utilizar força militar para conseguir a ilha.
Essas afirmações levaram o partido Siumut, que governa a Groenlândia, a anunciar a intenção de realizar um referendo sobre a independência após as próximas eleições, programadas para 11 de março de 2025. As autoridades dinamarquesas já rejeitaram de forma contundente a proposta, assim como o primeiro-ministro groenlandês Mute Egede, que reafirmou que a ilha não está à venda. Uma pesquisa recente revelou que 85% da população da Groenlândia se opõe à proposta de Trump, e mais da metade considera o plano uma ameaça.
