A onda de calor que se intensifica no Brasil começou na quarta-feira, dia 12, e está prevista para continuar até 21 de fevereiro. As temperaturas devem chegar a 7°C acima da média, com registros significativos em diversas localidades.
Recentes medições indicam que, na cidade de São Paulo, a temperatura atingiu 36,9°C em Interlagos, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O fenômeno meteorológico, que tem gerado calor extremo em várias partes do país, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, já resultou em temperaturas superiores a 40ºC em cidades como Porto Alegre. A população tem buscado maneiras de se resguardar do calor intenso, utilizando ventiladores, ar-condicionado e protetor solar, enquanto as autoridades recomendam a redução da exposição ao sol e a hidratação constante para evitar problemas de saúde.
De acordo com informações do Climatempo, as temperaturas elevadas foram inicialmente observadas no Sul, onde se registraram quase 44ºC no início do mês. Com a progressão da onda de calor, ela se estende agora para o Sudeste e Nordeste, com previsão de picos superiores a 40ºC, especialmente no Rio de Janeiro e na parte interior de Minas Gerais. A meteorologista Carolyn Andrejus explica que o fenômeno é resultado de uma área de alta pressão em níveis medianos da atmosfera, a qual diminui as chances de chuva e propicia o aumento das temperaturas. Espera-se que essa situação persista, pelo menos, até o dia 18 de fevereiro no Sudeste e Nordeste, podendo se prolongar em algumas áreas do Centro-Oeste até o final do mês.
Profissionais da área têm associado a crescente frequência dessas ondas de calor ao aquecimento global. Andrejus salienta a relação entre as mudanças climáticas e a maior ocorrência de eventos extremos, como chuvas intensas e ondas de calor prolongadas. O climatologista Carlos Nobre menciona que, embora não seja possível prever com precisão se 2024 será um ano de calor intenso, os riscos associados às altas temperaturas são claros. Ele explica que o incremento do vapor de água na atmosfera contribui para fenômenos extremos, intensificando os desafios climáticos enfrentados. Apesar das previsões de chuvas nos próximos dias, especialistas afirmam que elas não serão suficientes para amenizar as altas temperaturas.