13 fevereiro 2025
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Operação Foca: Autoridades Investigam Suspeito de Envio de Motivo Crítico

A Polícia Civil de São Paulo realiza, nesta quinta-feira, uma operação abrangente para capturar Emilio Carlos Gongorra Castilho, também conhecido como João Cigarreiro, que é suspeito de ter ordenado o assassinato do delator do PCC, Vinicius Gritzbach, no mês de novembro do ano anterior. Além da emissão de um mandado de prisão para Castilho, a operação envolve a realização de 21 mandados de busca e apreensão em vinte locais relacionados a ele. Dados das investigações revelam que foram ouvidos o filho, o irmão e a ex-esposa do suspeito. A ação, conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), conta com o envolvimento de 116 policiais em 41 veículos.

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi assassinado a tiros em 8 de novembro de 2024, em plena luz do dia, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Ele havia sido preso em 2022 por lavagem de dinheiro vinculada ao PCC, tendo posteriormente firmando um acordo de colaboração premiada e atuado como informante do Ministério Público em investigações contra a organização criminosa. Gritzbach forneceu informações sobre o esquema de lavagem de dinheiro do PCC e relatou casos de corrupção policial.

Desde o assassinato de Gritzbach, a força-tarefa encarregada da investigação prendeu 26 indivíduos suspeitos de envolvimento no crime, incluindo 17 policiais militares e 5 policiais civis. Os detidos compõem um grupo que inclui os atiradores, o motorista que facilitou a fuga e agentes considerados associados ao PCC, que estavam envolvidos em extorsões praticadas contra o delator e comerciantes em áreas sob controle da milícia. Na última terça-feira, 14, a Polícia Federal indiciou 14 pessoas por participação no crime, incluindo um delegado e um investigador do DHPP.

A força-tarefa policial identificou, inicialmente, Kauê do Amaral Coelho, um homem de 29 anos, como o “olheiro” encarregado de monitorar Gritzbach no aeroporto e informar a localização dele aos atiradores. Coelho está foragido, e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo oferece uma recompensa de 50 mil reais por informações que conduzam à sua captura. Além dos 22 policiais civis e militares que foram presos, quatro civis detidos são suspeitos de vínculos com Coelho. Em janeiro, a namorada do olheiro foi presa sob a acusação de auxiliar no tráfico de drogas. A força-tarefa de investigação compreende a colaboração das Polícias Civil e Militar, do Ministério Público e da Polícia Federal.

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