13 fevereiro 2025
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Descubra as Plataformas de IA que Revolucionaram o Oscar!

O uso de inteligência artificial (IA) está se tornando um tópico de discussão relevante nas indicações para o Oscar. Duas produções, “Emilia Pérez” e “O Brutalista”, estão no centro de uma controvérsia após ser revelado que utilizaram tecnologia de IA em seus processos de produção. As informações sobre o uso dessa tecnologia em “O Brutalista” foram divulgadas em uma entrevista com o editor do filme, Dávid Jancsó, à publicação Red Shark News, em 11 de janeiro. Entretanto, a controvérsia ganhou destaque na mídia comercial de Hollywood em 20 de janeiro.

A produção de “Emilia Pérez” já havia despertado interesse em maio, mas a polêmica envolvendo “O Brutalista” trouxe novamente à tona a questão do uso de IA. Há uma preocupação crescente na indústria cinematográfica de Hollywood acerca do impacto da inteligência artificial, principalmente pelo medo de que a automação substitua as funções de atores e equipes de produção.

A empresa ucraniana Respeecher é responsável por implementar as funcionalidades de IA tanto em “Emilia Pérez” quanto em “O Brutalista”. No caso de “Emilia Pérez”, a tecnologia foi usada para clonar a voz da personagem principal, interpretada por Karla Sofía Gascón, com o intuito de ampliar seu alcance vocal em números musicais dirigidos por Jacques Audiard.

Da mesma forma, “O Brutalista” recorreu à Respeecher para solucionar um problema vocal no filme. Durante a entrevista, Jancsó mencionou que a IA foi utilizada para aprimorar aspectos do dialeto húngaro falado pelos atores Adrien Brody e Felicity Jones. Inicialmente, a produção tentou métodos tradicionais de substituição automática de diálogo, mas não obteve sucesso. Jancsó esclareceu que, devido a particularidades do sotaque, surgiu a necessidade de testar outras abordagens antes de optar pela tecnologia.

Além disso, o editor revelou que a inteligência artificial também foi aplicada na elaboração de desenhos arquitetônicos que aparecem no ato final da produção.

A Respeecher, fundada em fevereiro de 2018 por Alex Serdiuk, Dmytro Bielievtsov e Grant Reaber, desenvolve software de síntese de fala que permite reproduzir a voz de uma pessoa, utilizando inteligência artificial. Desde sua criação, a empresa tem colaborado com importantes estúdios de Hollywood, criadores de jogos eletrônicos e diversas outras companhias. Entre seus projetos notáveis, destacam-se a síntese da voz de um jovem Luke Skywalker na série “The Mandalorian”, além de vários prêmios, incluindo um Emmy e dois Webby Awards.

Apesar das dificuldades enfrentadas devido à invasão russa em 2022, a maior parte da equipe da Respeecher manteve suas atividades na Ucrânia, assegurando a continuidade dos negócios. A empresa também participou de produção de vozes sintéticas para personagens icônicos, como Darth Vader na série “Obi-Wan Kenobi” e a voz de James Earl Jones para o videogame “God of War: Ragnarök”.

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