A mulher acusada de ter envenenado três membros de sua família com um bolo contaminado com arsênio foi encontrada morta na manhã de quinta-feira, dia 13. Deise Moura dos Anjos estava em prisão preventiva desde 5 de janeiro na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, sob fortes indícios de ser a autora dos homicídios triplamente qualificados.
Os agentes penitenciários acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) ao encontrarem Deise, mas, ao chegarem ao local, os médicos constataram o óbito. A suspeita é de que ela tenha cometido suicídio enquanto estava sozinha na cela. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul informou que irá investigar as circunstâncias da morte, e o corpo da detenta será encaminhado ao Instituto Médico-Legal.
As vítimas da tragédia morreram por intoxicação na véspera de Natal. No último dia 24 de dezembro, três pessoas da mesma família foram diagnosticadas com envenenamento por arsênio após consumirem um bolo que, de acordo com o Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul, foi preparado com farinha contaminada. As autoridades suspeitam que Deise tenha envenenado a farinha utilizada por sua sogra na receita. As vítimas fatais incluíam a sogra e outros dois integrantes da família de seu marido.
O corpo do sogro de Deise, que faleceu meses antes deste incidente, foi exumado e análises periciais encontraram vestígios de arsênio. Como resultado, a mulher passou a ser investigada por um quarto homicídio. Com a morte dela, a punibilidade penal é extinta, o que implica que o inquérito em curso deverá ser arquivado.
A Polícia Penal divulgou uma nota informando que, durante a conferência matinal na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, Deise Moura dos Anjos foi encontrada sem sinais vitais. Os servidores prestaram os primeiros socorros e imediatamente acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência, que confirmou a morte ao chegar no local. As circunstâncias do ocorrido estão sendo investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias.
