sábado, fevereiro 1, 2025
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Hamas declara que pausa nas hostilidades é um “momento decisivo” e explica o acordo.

O Hamas declarou que a realização de um cessar-fogo em Gaza e um acordo sobre reféns representa “um marco importante” em sua “batalha contra o inimigo”. Em uma declaração feita na quarta-feira (15), o grupo afirmou: “O entendimento para cessar a agressão contra Gaza é uma vitória para nossa população, nossa resistência, nossa nação e as pessoas livres do mundo. Isso representa um ponto de virada significativo na luta contra o inimigo, à medida que nos dirigimos para alcançar nossos objetivos de libertação e retorno do nosso povo”. O grupo, que conta com o apoio do Irã, expressou gratidão aos mediadores que se esforçaram para chegar a este acordo, com ênfase no Catar e no Egito.

Líderes do mundo todo reagiram ao acordo de cessar-fogo em Gaza, e um dos negociadores afirmou que busca-se um “fim permanente da guerra” na região. O presidente dos EUA comentou que sua diplomacia nunca parou e referiu-se ao acordo de cessar-fogo.

Em relação à implementação do acordo, Bassem Naim, um alto cargo do Hamas, revelou um documento que detalha como o cessar-fogo entre Israel e o Hamas será realizado. Segundo a documentação, Israel se compromete a liberar 1.000 prisioneiros palestinos que foram detidos em 8 de outubro de 2023, excluindo aqueles que participaram do ataque do Hamas a Israel um dia antes. Entre os 33 reféns que o Hamas se compromete a soltar, nove que estão doentes ou feridos serão trocados por 110 prisioneiros palestinos que cumprem penas de prisão perpétua, conforme descrito no documento.

Na fase inicial do acordo, as forças israelenses irão reduzir progressivamente sua presença ao longo do Corredor Filadélfia, que é uma estreita faixa de terra na fronteira entre o Egito e Gaza, e começarão a se retirar após a libertação do último dos 33 reféns. A retirada total das tropas deve ser concluída até o dia 50 do acordo, segundo as informações apresentadas. O documento também menciona que Israel se compromete a preparar a passagem de fronteira de Rafah assim que o acordo for ratificado, visando facilitar o retorno de civis deslocados.

Uma semana após a entrada em vigor do acordo, pedestres desarmados poderão voltar ao norte sem passar por inspeção, enquanto veículos poderão retornar após uma verificação por terceiros. O Egito, que atuou como um dos mediadores do entendimento, confirmou a autenticidade do documento apresentado.

Khalil al-Hayya, líder interino do Hamas em Gaza, fez uma declaração em um discurso televisionado nesta quarta-feira (15), afirmando que Israel não conseguiu alcançar seus objetivos em Gaza logo após a confirmação do cessar-fogo. Os negociadores conseguiram firmar um acordo em fases para pôr fim ao conflito entre Israel e o Hamas, segundo informações divulgadas pelos EUA e pelo Catar, após 15 meses de uma guerra que resultou na morte de milhares de palestinos e exacerbou a tensão no Oriente Médio.

As forças israelenses invadiram Gaza após a invasão de comunidades na área de fronteira israelense por homens armados do Hamas em 7 de outubro de 2023, provocando a morte de aproximadamente 1.200 soldados e civis, além do sequestro de mais de 250 reféns, tanto israelenses quanto estrangeiros. O conflito aéreo e terrestre de Israel em Gaza já resultou na morte de mais de 46 mil pessoas, de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza, enquanto milhares de deslocados enfrentam o frio do inverno em tendas e abrigos improvisados.

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