Uma operação policial foi desencadeada em Goiás com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida no tráfico internacional de drogas. Este grupo é investigado por impactar negativamente o programa Farmácia Popular, do governo federal, ao utilizar empresas farmacêuticas, algumas delas de forma fraudulenta, para obter benefícios indevidos. Durante a ação, foram cumpridas mais de cem ordens judiciais, que incluíram mandados de prisão, busca e apreensão.
Como resultado da operação, foram bloqueados R$ 39 milhões e sequestrados bens associados ao esquema criminoso. As ações da polícia se estenderam a diversos estados, incluindo Goiás, Distrito Federal, Paraíba, Mato Grosso, Acre e Minas Gerais. A investigação teve início em 2022, após a detenção de dois suspeitos que estavam com cocaína. A partir dessa prisão, as autoridades descobriram a conexão da gangue com fraudes ao programa Farmácia Popular, utilizando pelo menos 28 empresas para realizar ações fraudulentas.
As empresas envolvidas estavam registradas no programa e passaram por mudanças em suas estruturas. Além disso, notou-se um aumento excessivo no volume de lançamentos de medicamentos, muitas vezes sem que os produtos chegassem aos beneficiários. Os repasses mensais realizados pelo Farmácia Popular, que inicialmente eram de até R$ 5 mil, aumentaram para valores entre R$ 60 mil e R$ 90 mil por farmácia após o início das fraudes. Este aumento nas quantias levantou suspeitas e motivou uma investigação mais detalhada sobre as atividades dessa organização criminosa.