O ministro Dias Toffoli, membro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o encerramento de uma investigação da operação Lava Jato que envolvia o deputado federal Paulinho da Força, do Solidariedade de São Paulo. As denúncias tratavam de um suposto caixa dois durante a campanha eleitoral de 2014, com transferências da empresa Odebrecht que totalizavam R$ 1,8 milhão. Toffoli argumentou que as alegações se baseavam em provas que já haviam sido anuladas pela Justiça, como as planilhas apresentadas pela Odebrecht. O ministro destacou que as delações premiadas não continham evidências suficientes para apoiar a denúncia, uma vez que os depoimentos não tinham fundamentos concretos.
A Justiça Eleitoral de São Paulo já havia rejeitado as acusações contra o deputado Paulinho da Força, no entanto, o Ministério Público optou por recorrer da decisão. Em resposta, a defesa do deputado levou o caso ao STF, visando a anulação das acusações. Toffoli, em sua manifestação, afirmou que todas as provas provenientes do acordo de leniência da Odebrecht eram inválidas, ressaltando a “parcialidade” do juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Com esta decisão, o ministro encerra um capítulo significativo da operação Lava Jato, que ainda continua a provocar desdobramentos no contexto político brasileiro. A avaliação de Toffoli sobre a admissibilidade das provas expressa uma preocupação com a integridade do processo judicial e a necessidade de que haja evidências sólidas para fundamentar acusações em casos que possuem grande repercussão social e política.