22 fevereiro 2025
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Lula 3: Desconectado das Realidades e Desafios Modernos

Com a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrentando uma de suas piores avaliações, especialistas observam uma desconexão entre o governo e os dilemas cotidianos da população brasileira. Segundo o cientista político Rafael Cortez, essa situação deve-se, em parte, ao fato de que a gestão atual não estabelece um diálogo eficaz com as questões prementes do momento. Cortez menciona que a inflação tem um impacto negativo significativo na popularidade do presidente e enfatiza que a economia brasileira atual apresenta características distintas em comparação a períodos anteriores, tanto em relação às taxas de juros quanto às soluções disponíveis.

Recentemente, uma pesquisa do Datafolha revelou que a avaliação do governo Lula atingiu seu ponto mais baixo, com apenas 24% dos brasileiros aprovando sua administração. Este resultado representa uma queda de 11 pontos percentuais na aprovação “ótimo ou bom” em um intervalo de 60 dias. O analista Leonardo Barreto, da consultoria Think Policy, destacou que a deterioração da popularidade não é algo recente, mas a magnitude da perda em tão pouco tempo é notável e tem um paralelo histórico com a situação enfrentada por Dilma Rousseff em 2013.

Barreto também observou uma série de erros cometidos pela gestão nos últimos meses, que vão desde a interação com o Congresso até questões econômicas. Ele ressaltou os problemas de comunicação do governo sob a liderança de Paulo Pimenta. Para o futuro, Barreto acredita que a agenda do governo deverá se concentrar em reverter essa situação e melhorar a relação com os eleitores em vista das eleições de 2026.

Além disso, Rafael Cortez mencionou que o governo enfrenta dificuldades na construção de relacionamentos, especialmente no que diz respeito ao Congresso e à tramitação do Projeto de Lei do Orçamento de 2025, que está estagnado no Legislativo. Ele observou que a atual administração demonstra mais dificuldades ao negociar com o Congresso, resultando em um presidente com menor força, especialmente em relação às questões orçamentárias. A perda de popularidade entre os segmentos mais vulneráveis da população torna difícil para o governo manter a coalizão de apoio que obteve nas eleições de 2022.

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