22 fevereiro 2025
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A Áustria Investiga Ligação com o Estado Islâmico no Ataque a Facas

Autoridades na Áustria indicam que um homem sírio, que solicitou asilo no país, é o principal suspeito de um ataque a faca ocorrido no centro da cidade de Villach. As informações foram divulgadas neste domingo. O ataque, que aconteceu no sábado, resultou na morte de um jovem de 14 anos e deixou cinco pessoas feridas, conforme relatou a polícia em coletiva de imprensa.

O ministro do Interior da Áustria, Gerhard Karner, informou que o homem, de 23 anos, foi preso rapidamente após o incidente e apresenta evidências de radicalização, possivelmente através da internet. Em seu apartamento, foi encontrada uma bandeira do Estado Islâmico (EI). As autoridades também mencionaram que o suspeito havia prestado juramento de lealdade ao grupo extremista.

Esse ataque em Villach se deu em meio a um clima tenso, após uma tentativa frustrada de ataque suicida que ocorreu em agosto, planejada por um adolescente que também se declarou leal ao Estado Islâmico, mirando um show da cantora Taylor Swift em Viena. Além disso, o incidente em Villach ocorreu dias depois de um ataque em Munique, Alemanha, onde um cidadão afegão atropelou pessoas com um carro, resultando em ferimentos em dezenas de indivíduos, incluindo duas mortes.

Neste contexto de tensão política, o Partido da Liberdade (FPO), de extrema-direita, que venceu as eleições parlamentares em setembro, anunciou dificuldade na formação de um governo de coalizão. Enquanto isso, partidos centristas avaliam a possibilidade de formar um governo, enquanto o presidente do país considera a opção de convocar eleições antecipadas.

A plataforma política do FPO é marcada por propostas de restrição à imigração ilegal e aumento das deportações para países como Síria e Afeganistão, destinos onde atualmente é considerado ilegal deportar pessoas. O partido utilizou o ataque em Villach como argumento para suas políticas, afirmando que “nenhum migrante seria capaz de cometer assassinato ou qualquer outro crime em nosso país se não estivesse na Áustria em primeiro lugar”, conforme declarações feitas por Herbert Kickl, líder do partido, em redes sociais.

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