22 fevereiro 2025
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O Destino Inexplorado dos Astronautas: Onde Estão Agora?

Em 2013, o filme “Gravidade”, dirigido por Alfonso Cuáron, capturou a atenção do público ao narrar a história de dois astronautas, interpretados por Sandra Bullock e George Clooney, que lutam pela sobrevivência após um desastre no espaço. O roteiro fictício conquistou sete premiações no Oscar, incluindo a de melhor filme. Recentemente, uma situação real similar ocorreu com os astronautas americanos Sunita Williams e Barry Wilmore, que, após planejarem uma breve estadia na Estação Espacial Internacional (ISS), se encontraram presos no espaço por um período que já supera os oito meses.

A missão enfrentou uma série de complicações técnicas, incluindo vazamentos de gás hélio e falhas nos propulsores da cápsula Starliner, fabricada pela Boeing. A NASA, responsável pela supervisão da missão, adiou o retorno da dupla à Terra várias vezes devido a atrasos na programação de lançamentos de novas missões. A próxima janela de retorno está prevista para fevereiro, com a possibilidade de ser adiada para meados de março, dependendo da resolução dos problemas.

Durante esse tempo, os astronautas realizaram duas caminhadas espaciais a 420 quilômetros da superfície. Uma caminhada foi individual, realizada por Sunita, que quebrou o recorde de permanência em atividade extraveicular por mulheres, enquanto a outra contou com a participação dos dois astronautas. Estas atividades foram bem-sucedidas, e a NASA mostrou ter um controle das atividades, apesar da situação emergencial. No entanto, a Boeing enfrentou danos à sua reputação, que já vinha sendo abalada devido a falhas em outros projetos. Além disso, a empresa viu os seus tripulantes serem resgatados pela SpaceX, principal concorrente, que desenvolve a cápsula Crew Dragon. O bilionário Elon Musk, fundador da SpaceX, está em posição de capitalizar sobre essa situação, especialmente com sua influência crescente no governo atual.

Os planos para o retorno dos astronautas se beneficiarão do fato de que a NASA conta com dois fornecedores para suas missões espaciais, o que garante um backup caso um dos lados enfrente dificuldades. Se tudo correr como previsto, a Boeing poderá respirar aliviada, já que nenhum incidente grave ocorreu como o trágico acidente do ônibus espacial Challenger, que vitimou sete astronautas em 1986. A SpaceX poderá ser vista como a “salvadora” em todo esse processo. Especialistas da área, como o engenheiro espacial Lucas Fonseca, destacam que o desfecho atual é preferível, pois permite que a Boeing mostre que seu veículo é seguro, evita uma tragédia para os Estados Unidos e proporciona à SpaceX uma posição de destaque como suporte à NASA.

Somando-se a todas essas questões, a experiência de Sunita e Barry acima da Terra poderá se transformar em uma narrativa digna de ser relatada, tal como descreveram em entrevistas recentes. A Boeing continua a trabalhar para solucionar seus problemas, enquanto Musk mantém seus objetivos de explorar Marte. A NASA, por sua vez, planeja retomar as missões lunares, com a ambição de enviar um astronauta de volta à Lua até 2027. Enquanto isso, a realidade de seus astronautas nas estrelas permanece uma perspectiva complexa e desafiadora.

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