22 fevereiro 2025
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Propostas do PSDB para um Futuro Promissor após a Saída de Líderes

O PSDB está em processo de definir uma nova orientação para seu futuro ao longo deste ano. Lideranças internas expressam preocupação de que, na situação atual, o partido não conseguirá alcançar, em 2026, a cláusula de barreira, que é baseada no desempenho eleitoral. Este cenário implicaria a perda do fundo partidário e do tempo gratuito em rádio e televisão, o que dificultaria significativamente qualquer campanha eleitoral.

Os membros do PSDB já iniciaram diálogos com pelo menos cinco partidos. Dentre eles, três são grandes legendas: MDB, PSD e Republicanos. Além disso, conversas estão em andamento com o Podemos e o Solidariedade, partidos de menor expressão, com o intuito de potencializar a federação. No momento, o PSDB é federado com o Cidadania, mas o acordo deve ser desfeito em maio, após dois anos de críticas mútuas.

O PSDB possui como atrativo para MDB, PSD e Republicanos um contingente de treze deputados federais. Cada um dos três partidos tem 44 deputados na Câmara. Se conseguirem integrar os deputados tucanos, essas siglas formariam a quarta maior bancada, atrás apenas dos partidos PL, PT e União Brasil.

No MDB, os integrantes consideram que a próxima ação deve partir do PSDB, que precisa especificar com qual partido deseja se aliar no futuro. De acordo com fontes, o presidente Baleia Rossi está aberto à ideia de uma fusão – que cria um novo partido -, mas também considera uma incorporação, que manteria as características atuais do MDB. Embora os tucanos vejam a incorporação com resistência, novas reuniões entre as duas legendas estão programadas para a próxima semana, o que poderia representar uma ironia, já que o PSDB se originou de uma dissidência do MDB em 1988.

Contudo, um obstáculo nas negociações surge de um desentendimento regional em Goiás. O vice-governador Daniel Vilela, do MDB, é o candidato preferido por Ronaldo Caiado para sucedê-lo, enquanto Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB e ex-governador de Goiás, não descarta a possibilidade de uma nova candidatura ao governo, sendo adversário de Caiado.

Quanto ao PSD, seu líder Gilberto Kassab sugere que aceitaria apenas uma incorporação com o PSDB. Essa proposição não foi bem recebida por Aécio Neves, deputado federal do PSDB, que afirmou que a incorporação não é viável em relação ao PSD ou a qualquer outra legenda. Embora Aécio negue conflitos regionais com membros do PSD, rumores apontam que ele pode não ter certeza do espaço que ocuparia na sigla mineira, que conta com figuras como o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco e o ministro Alexandre Silveira.

Assim como o MDB, o PSD também possui 44 deputados, e com a entrada dos tucanos, esse número poderia aumentar para 57, tornando-se a quarta maior bancada da Câmara.

A aproximação recente do novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do Republicanos, com deputados tucanos, trouxe o partido para as negociações. A liderança do PSDB ficou otimista com a perspectiva de um possível movimento em direção a uma fusão, e membros influentes do Republicanos admitiram que conversas estão em curso e que estariam abertos a incorporar “Social Democracia” ao nome do partido. Contudo, essa mudança estaria restrita ao nome, pois há resistência a adotar o programa do PSDB, além de manter o número e as cores do partido tucano.

O PSDB não descarta a possibilidade de se manter com seu nome, símbolo e características tradicionais. Uma das alternativas consideradas, embora arriscada, é a formação de uma federação ampliada com o Solidariedade e o Podemos. Existe um diálogo constante entre as lideranças tucanas e esses partidos, especialmente entre Paulinho da Força, do Solidariedade, e Aécio Neves, que mantém uma relação próxima, possibilitando que o Solidariedade colabore com o PSDB, mesmo que decida se aliar a outra legenda.

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