Israel e Hamas chegaram a um entendimento que pode resultar em um cessar-fogo duradouro na Faixa de Gaza. O acordo estabelece os termos para um cessar-fogo temporário de 42 dias, que faz parte da primeira de três fases planejadas para encerrar o conflito no território palestino. Esta fase inicial inclui a liberação gradual de 33 reféns mantidos pelo Hamas, em troca da soltura de mais de 100 palestinos que estão presos em Israel. Além disso, as forças israelenses deverão se retirar das áreas mais densamente povoadas do enclave. O pacto também determina a entrada irrestrita de ajuda humanitária na região.
A comunidade internacional recebeu com otimismo cauteloso o anúncio do cessar-fogo temporário. Contudo, a pausa nas hostilidades não significa o fim das tensões territoriais na área. Israel continua a desenvolver novos assentamentos considerados ilegais nos territórios palestinos, enquanto a população da Faixa de Gaza e da Cisjordânia mostra crescente apoio a ações violentas.
Durante a fase inicial do termo acordado, os líderes do Hamas e o governo israelense deverão discutir os pormenores das fases subsequentes para assegurar que o cessar-fogo temporário se converta em algo permanente. Este modelo se baseou em um esboço apresentado no ano passado pelo presidente dos Estados Unidos. Assessores do então presidente eleito também estiveram envolvidos nas últimas tratativas.
Os negociadores esperam que o cessar-fogo temporário comece no domingo. No entanto, a proposta ainda precisa ser aprovada pelo gabinete de guerra de Israel, que conta com ministros de extrema direita, alguns dos quais se opõem ao acordo e defendem a anexação definitiva dos territórios palestinos.
O conflito entre Hamas e Israel teve início em 7 de outubro de 2023, quando o grupo palestino atacou comunidades no sul de Israel, resultando na morte de mais de mil e duzentas pessoas em um único dia. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel iniciaram uma operação na Faixa de Gaza, que causou a morte de mais de 46 mil palestinos.
