22 fevereiro 2025
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Polícia e MP Revelam: Tentativa de Ataque ao Ex-Prefeito de Taboão Foi Conspirada

A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo, através da Promotoria de Taboão da Serra, iniciaram na segunda-feira (17) a Operação Fato Oculto. Esta operação visa investigar a suposta simulação de um atentado contra o ex-prefeito da cidade, José Aprígio, que ocorreu em outubro de 2024, antes das eleições municipais. Oito mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária estão sendo executados, tendo como alvos o ex-prefeito e mais nove pessoas, incluindo três ex-secretários de sua gestão: José Vanderlei (Transportes), Ricardo Rezende (Obras) e Valdemar Aprígio (Manutenção), além do sobrinho do ex-prefeito, Christian Lima Silva. Até o momento, um indivíduo identificado como Anderson da Silva Moura, conhecido como “Gordão”, foi detido. Ele é suspeito de ter intermediado a contratação dos executores do plano. Foram confiscados celulares, computadores, dinheiro e armas durante a operação.

O incidente supostamente planejado ocorreu em 18 de outubro de 2024, quando o carro blindado do ex-prefeito foi atingido por disparos de fuzil. As investigações sugerem que o ataque foi encenado com o intuito de que Aprígio se apresentasse como vítima, buscando obter vantagens eleitorais no segundo turno das eleições municipais contra o candidato Engenheiro Daniel. Vídeos do prefeito, supostamente ferido e recebendo atendimento médico, foram amplamente compartilhados nas redes sociais, com a intenção de provocar solidariedade e apoio popular.

Além dos secretários e do sobrinho do ex-prefeito, as investigações indicam a participação de Anderson da Silva Moura e Clovis Reis de Oliveira na contratação dos responsáveis pelo suposto atentado. Gilmar de Jesus Santos é identificado como o atirador, enquanto Odair Júnior de Santana teria sido o motorista do veículo usado no ataque encenado. Os executores teriam recebido R$ 500 mil cada, e a arma envolvida, um fuzil AK-47, foi adquirida por R$ 85 mil. Clovis Reis de Oliveira, Odair Júnior de Santana e Jeferson Ferreira de Souza, que auxiliou na fuga dos executores, encontram-se foragidos. A arma utilizada na simulação ainda não foi localizada. Não obstante a encenação, José Aprígio não conseguiu se reeleger e perdeu a eleição para Engenheiro Daniel.

As autoridades prosseguem com as investigações para identificar todos os envolvidos e esclarecer as circunstâncias da simulação. A equipe de reportagem está buscando contatar os citados para comentar sobre o caso. A defesa de José Aprígio, representada pelo advogado Allan Mohamed, declarou que o ex-prefeito é uma vítima na situação. O advogado afirma que Aprígio realmente sofreu um atentado e que a quantia encontrada em sua residência foi devidamente declarada em sua declaração de imposto de renda, sugerindo que o ex-prefeito sempre atuou dentro da legalidade. Allan Mohamed também manifestou surpresa com a notícia de que o atentado teria sido forjado, dado que Aprígio foi realmente atingido por um tiro e teve sua vida em risco. O advogado enfatizou que o processo está sob segredo de justiça e que a defesa está colaborando com as investigações para que a verdade emergisse.

A situação foi marcada por um ataque a tiros contra o prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio, em 18 de outubro de 2024. O ataque ocorreu enquanto o político visitava áreas afetadas por fortes chuvas na semana anterior. O ataque teve início quando o candidato à reeleição se dirigia a uma coletiva de imprensa na nova sede da prefeitura, momento em que foi atacado pelos suspeitos. O veículo em que Aprígio estava foi alvejado, e um projétil o atingiu no ombro. Ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Akira Tada, onde recebeu os primeiros socorros antes de ser transferido para o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, recebendo alta em 26 de outubro.

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