22 fevereiro 2025
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Polícia do RJ lança operação para capturar 43 membros do Comando Vermelho

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está realizando uma operação para capturar 43 membros do Comando Vermelho (CV) na manhã desta terça-feira (18). Os agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) estão cumprindo mandados de prisão preventiva relacionados a criminosos envolvidos no furto de celulares e na extorsão das vítimas para recondicionar e revender os aparelhos. Informações fornecidas pela polícia indicam que esse grupo utilizava táticas violentas, incluindo ameaças diretas e intimidação, para coagir os usuários a acessar os dispositivos.

Até o momento, 20 pessoas foram detidas durante a operação. A identificação dos suspeitos foi realizada através de interceptações telefônicas e monitoramento financeiro, revelando que a organização funcionava como uma empresa criminosa, com setores especializados em várias atividades ilícitas, como roubo, desbloqueio, revenda e extorsão. A polícia destacou que muitos dos indivíduos envolvidos já tinham histórico criminal, incluindo roubo, receptação, estelionato e tráfico de drogas, sendo que alguns ainda estavam vinculados a casos de latrocínio.

Durante a investigação, foi detalhado como operava o esquema desta organização criminosa. A primeira fase consistia no furto de celulares em locais de grande movimentação, como Duque de Caxias, o Calçadão de Bangu e a Central do Brasil. Os líderes forneciam armamento aos assaltantes para eliminar intermediários, estabelecendo acordos com traficantes que permitiam os roubos em troca de uma parte dos lucros.

Após a prática dos crimes, os integrantes do grupo se envolviam na etapa de extorsão, utilizando uma variedade de métodos para coagir as vítimas. Dentre as táticas empregadas, estavam: ameaças diretas via WhatsApp e SMS, onde enviavam fotos de armas e expunham dados pessoais das vítimas, como endereços e nomes de familiares; a utilização de informações obtidas na dark web para personalizar as ameaças; golpes de phishing, que induziam as vítimas a fornecer credenciais em sites falsos; e pressão psicológica, levando algumas vítimas a transferirem valores para evitar a divulgação de suas informações.

Caso as ameaças não funcionassem, os celulares eram desmontados e revendidos como peças em oficinas clandestinas. O grupo também estabeleceu uma complexa estrutura financeira para lavar o dinheiro proveniente das revendas e extorsões, distribuindo os valores entre contas de terceiros e realizando saques em locais estratégicos. Os recursos financeiros obtidos eram utilizados para financiar traficantes e apoiar criminosos encarcerados e suas famílias. Além disso, a investigação revelou que os envolvidos exibiam sinais de riqueza nas redes sociais, adquirindo bens de alto valor e organizando festas financiadas por atividades criminosas.

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