sábado, fevereiro 1, 2025
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Organização não governamental refuta ligações com o crime organizado e afirma que suas atividades são legais.

Na terça-feira (13), a ONG Pacto Social & Carcerário foi alvo de uma operação policial, com suspeitas de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Em resposta às alegações, a organização divulgou uma nota em suas redes sociais, onde nega qualquer ligação com atividades ilegais. “Fomos pegos de surpresa pela notícia sobre uma operação conjunta da Polícia Civil e do Gaeco, que teria como foco nossa ONG e alguns advogados associados”, afirmou a entidade. “É fundamental esclarecer que nossa atuação é transparente e legal, sempre com respeito aos direitos humanos e buscando soluções para os desafios que detentos e suas famílias enfrentam”, complementou.

A publicação sugere que a operação policial pode estar ligada à participação de diretores da ONG no documentário “O Grito – Regime Disciplinar Diferenciado”, que foi lançado no ano passado em uma plataforma de streaming e que aborda questões do sistema carcerário. “Este documentário demonstra nosso compromisso com essa causa, destacando a necessidade urgente de reformas e uma gestão mais humanizada da política criminal no Brasil.” A nota enfatiza que criticar o sistema prisional não deve ser vista como um ataque aos profissionais de segurança, mas como um apelo à reflexão sobre as condições desumanas enfrentadas por muitos.

A CNN tentou contato com a Secretaria de Segurança Pública e o Ministério Público sobre a declaração da ONG, mas ainda não recebeu resposta. A operação policial foi realizada na manhã da última terça-feira, resultando na execução de 12 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em várias cidades, incluindo São Paulo, Guarulhos, Presidente Prudente, Flórida Paulista, Irapuru, Presidente Venceslau, Ribeirão Preto e Londrina, no Paraná. As investigações tiveram início há aproximadamente três anos, quando um visitante da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau tentou entrar no presídio com cartões de memória escondidos nas roupas. Segundo informações da polícia, os advogados estão associados a um setor conhecido como “gravatas”, encarregado de fornecer assistência jurídica e gerenciar outros departamentos da organização criminosa, incluindo o de “saúde”, destinado à seleção de médicos e dentistas que atendem dentro das prisões.

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