Relatório elaborado por um senador contém 700 páginas que indicam três indivíduos por práticas ilícitas.
As acusações referem-se à oferta ou promessa de vantagens destinadas a alterar ou falsificar os resultados de competições esportivas, em contrariedade à Lei Geral do Esporte. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou a prorrogação dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a manipulação de jogos e esquemas de apostas esportivas por um período adicional de 45 dias. Esta decisão foi motivada pelo pedido do senador Jorge Kajuru, que preside a CPI das Apostas Esportivas.
Kajuru destacou a relevância de aguardar a extradição do empresário William Rogatto, conhecido como “Rei do Rebaixamento”, que apresentou denúncias significativas à comissão, alegando ter obtido lucro em torno de R$ 300 milhões com a manipulação de resultados. A extensão dos trabalhos da CPI também visa monitorar o processo envolvendo o jogador Lucas Paquetá na Inglaterra. Ele está sob investigação por má conduta relacionada a apostas esportivas, com a Federação Inglesa anunciando que o julgamento acontecerá na primeira semana de março.
Esta é a primeira vez que a justiça inglesa considera a possibilidade de banir Paquetá do futebol global. A CPI teve um papel significativo ao expor o envolvimento da família do jogador, convocando seu tio para depor. O relatório final da CPI, redigido pelo senador responsável, representa um documento abrangente com 700 páginas, recomendando o indiciamento de três indivíduos por práticas ilegais. As acusações incluem a oferta ou promessa de vantagens para manipular ou falsificar os resultados de competições esportivas, infringindo a Lei Geral do Esporte. As investigações desvelaram um esquema complexo que envolvia não apenas jogadores, mas também dirigentes e empresas de apostas.