22 fevereiro 2025
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Hugo repreende deputados e afirma: “Este não é um lugar para crianças!”

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, manifestou descontentamento em relação ao comportamento dos parlamentares durante uma sessão realizada na quarta-feira (19), após uma troca de agressões verbais entre membros do governo e da oposição. Motta enfatizou que o ambiente legislativo não deve se assemelhar a um “jardim da infância” e repudiou qualquer atitude que comprometa a imagem da Casa. O presidente ainda declarou que não se considera um “presidente frouxo”.

A tensão se intensificou com um episódio conhecido como “guerra de placas”, onde deputados da oposição e governistas usaram cartazes em referência à denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 indivíduos. Antes da chegada de Hugo Motta, a sessão estava sob a responsabilidade da deputada Delegada Katarina, que se viu obrigada a suspender os trabalhos devido à acalorada disputa verbal entre os parlamentares.

Após o tumulto, representantes da bancada feminina dirigiram-se à Mesa em busca de apoio e respeito para a deputada Katarina, que estava encarregada da presidência da sessão naquele momento. Hugo Motta, ao chegar, reforçou a necessidade de respeito em relação à condução dos trabalhos e salientou que a autoridade da parlamentar deveria ser respeitada. Ele esclareceu que havia solicitado a presença de Katarina na presidência para evitar conflitos entre parlamentares de diferentes partidos, dada a tensão existente.

Além disso, o presidente comunicou que solicitará ao Departamento de Polícia Legislativa que impeça o acesso de deputados que não estiverem trajando gravata no plenário e nas comissões, conforme estabelecido pelo regimento interno. Motta declarou que a obediência às normas será rigorosamente aplicada, destacando que parlamentares que não cumprirem a regulamentação não serão autorizados a permanecer na sessão.

Durante a reunião, o deputado Nikolas Ferreira se manifestou em defesa do ex-presidente Bolsonaro, acompanhado de colegas que levavam placas pedindo “anistia já” e denunciando “perseguição política”. Logo em seguida, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, subiu à tribuna, junto com parlamentares governistas, portando cartazes exigindo “sem anistia” e “Bolsonaro preso.” Contudo, seu discurso foi frequentemente interrompido por gritos e provocações da oposição, intensificando o clima de conflito.

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