As políticas implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão criando incertezas no ambiente econômico e suscitando preocupações relacionadas à inflação. Nesta quarta-feira (19), o dólar apresentou uma alta de 0,65%, finalizando o dia cotado a R$ 5,725. Este aumento seguiu uma queda anterior de 0,40%. O crescimento da moeda americana foi a consequência de novas ameaças tarifárias anunciadas por Trump, além da divulgação da ata da reunião do Federal Reserve (Fed) de janeiro, que decidiu manter as taxas de juros entre 4,25% e 4,50%. A ata indicou que as estratégias de Trump podem gerar incertezas que afetam a economia e elevam as preocupações sobre a inflação. Especialistas analisam que tais tarifas de importação podem forçar o Fed a manter as taxas de juros em níveis elevados por um período prolongado, o que pode ter um impacto negativo em mercados emergentes, como o brasileiro. O governo do Brasil também está se preparando para um potencial aumento nas taxas de juros, caso a política monetária dos EUA permaneça restritiva.
No mercado de ações, a Bolsa brasileira sofreu um declínio de 1,03%, encerrando o dia com 127.195 pontos. Em contraste, a Bolsa europeia STOXX 600 registrou sua maior queda do ano, com uma desvalorização de 0,91%. Essas movimentações indicam a tensão existente no mercado financeiro global, afetada por questões políticas e econômicas. No cenário político nacional, a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro não gerou um impacto significativo nas flutuações do mercado. No entanto, pesquisas recentes apontam uma diminuição no apoio ao presidente Lula, o que pode acarretar repercussões nas eleições de 2026. A instabilidade política, combinada com as expectativas sobre o futuro econômico, está influenciando o ambiente de negócios no Brasil.