O estúdio Globeleza, que servia como ponto de encontro para sambistas, ritmistas, rainhas de bateria e musas após os desfiles na Marquês de Sapucaí, foi considerado por diversos especialistas uma “aberração” no contexto do samba. A crítica se deve ao fato de que as entrevistas realizadas ao vivo nesse espaço frequentemente não contribuíam para a experiência do público, transformando a atmosfera vibrante da Praça da Apoteose em algo coeso e superfluo, onde os participantes eram levados a falar sobre trivialidades em um estúdio envidraçado, sob a supervisão de um diretor conhecido.
A apresentadora Mariana Gross anunciou que terá um espaço dedicado na abertura dos desfiles. Durante uma coletiva à imprensa, ela revelou que seu novo formato permitirá uma visão de 360 graus da Avenida, oferecendo uma perspectiva única desde o início dos desfiles, capturando o calor e a expectativa do momento que marca o início das apresentações.
A nova abordagem pretende eliminar as superficialidades que marcaram a transmissão anterior, que incluiu a participação de influenciadores e atrizes que não estavam adequadamente preparadas para abordar as temáticas relacionadas ao carnaval. O novo formato trará menos escolas por noite — totalizando quatro a cada uma das três noites de desfiles — o que irá possibilitar um tempo maior para entrevistas nos momentos de concentração e para um melhor destaque no “esquenta” de cada escola. Além disso, ocorrerá uma ênfase nos erros que muitas vezes passam despercebidos pelos jurados, como os intervalos inadequados entre as alas.
O repórter Pedro Bassan, que integra a equipe de cobertura, expressou entusiasmo em relação ao novo formato, afirmando que as modificações trouxeram uma nova vida ao Carnaval, fazendo parecer que a festa foi ampliada. Milton Cunha ficará encarregado da dispersão, entrevistando os participantes que chegam após os desfiles e coletando suas impressões sobre as apresentações.