O ex-presidente Jair Bolsonaro, em 18 de fevereiro de 2025, enfrenta um movimento no Congresso Nacional que busca a aprovação de um projeto de lei que concederia anistia às pessoas envolvidas nos atos de vandalismo que ocorreram em 8 de janeiro, quando as sedes do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto foram depredadas. Os deputados e senadores que apoiam Bolsonaro afirmam que possuem os votos necessários para viabilizar a proposta, que tem gerado intensos debates entre parlamentares de diferentes partidos.
A mobilização em favor da proposta é liderada, entre outros, pelo deputado Nikolas Ferreira, que acredita que não haverá obstáculos para a sua aprovação. Ferreira cita a confiança que encontrou nos corredores do legislativo, apontando que a maioria da Câmara dos Deputados estaria disposta a avançar com a discussão da anistia, destacando que há uma crescente sensibilização entre os legisladores sobre o tema.
Enquanto isso, outros parlamentares, como o deputado Sargento Fahur, apostam que a votação da proposta poderá ocorrer em março, mencionando que, segundo suas conversas com líderes partidários, já existe um número suficiente de apoio para a aprovação, embora estejam buscando aumentar essa quantidade de votos.
Por outro lado, membros da base governista expressam preocupações sobre como a acusação da Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro poderá complicar o debate sobre a anistia. O deputado Lindberg Farias ressalta que o clima atual não é favorável para a votação do projeto, prevendo que o julgamento no Supremo Tribunal, que será televisionado, poderá surpreender a sociedade. O deputado Chico Alencar, por sua vez, afirma que haverá uma mobilização significativa contra a proposta de anistia.
No Senado, os aliados do ex-presidente também estão ativos no apoio à proposta de anistia. O senador Cleitinho de Azevedo declarou que a expectativa é de que o projeto reúna entre 45 e 55 votos no Senado. O senador Eduardo Girão defende que os manifestantes estavam apenas protestando, alegando que não estavam armados e que não representavam uma ameaça, uma visão que contrasta com a avaliação da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República sobre os eventos ocorridos em 8 de janeiro.