O Barcelona está em diálogo com a FIFA e a UEFA para identificar possibilidades que viabilizem a transferência de Vitor Roque ao Palmeiras. A operação foi inicialmente bloqueada pela LaLiga, que suspendeu a negociação na segunda-feira (24). O motivo apresentado pelo clube espanhol refere-se aos protocolos da própria FIFA, que classifica a situação como “Registro Técnico”.
A LaLiga impediu a operação porque Vitor Roque está emprestado ao Real Betis, e a janela de transferências na Espanha encontra-se fechada. Segundo as normas da LaLiga, que diferem das diretrizes da FIFA, o jogador não poderia ser registrado novamente pelo Barcelona para ser repassado ao Palmeiras, nem mesmo ser reemprestado pelo time sevillano.
Apesar da restrição, a FIFA determina que as associações nacionais devem seguir suas próprias regras sobre transferências. De acordo com informações do jornal Sport, o Barcelona acredita ter precedentes que apoiam sua posição, apontando um caso semelhante envolvendo um jogador do próprio Palmeiras, Pedro Lima. Em julho de 2024, o Verdão utilizou o “Registro Técnico”, autorizado pela FIFA, para transferir o jogador, que tinha sido formado nas categorias de base do clube, para o NK Osijek, da Croácia.
No caso de Pedro Lima, ele estava emprestado ao Norwich City, da Inglaterra, e teve seu contrato rescindido quando o mercado brasileiro estava fechado. Contudo, após o fim da janela de transferências, ele foi imediatamente emprestado ao clube croata, que estava com a janela de contratações aberta. A FIFA, na ocasião, permitiu que a transferência fosse realizada.
Atualmente, Vitor Roque está emprestado pelo Barcelona ao Real Betis até junho de 2025. Devido ao fechamento da janela de transferências na Espanha, o atacante não pode ser registrado novamente pelo Barcelona para ser transferido ao Palmeiras, conforme as normas da Federação Espanhola. Para que isso ocorra, o centroavante precisaria ser reemprestado diretamente do Betis para o Palmeiras, considerando que a negociação incluía uma obrigação de compra futura. Entretanto, a LaLiga não autorizou esse modelo de negócio, mesmo com a confiança de Betis e Barcelona na efetivação da transferência.
