Em uma movimentação liderada pelo deputado Eduardo Bolsonaro, o representante americano Rich McCormick, do Partido Republicano, fez um apelo em suas redes sociais nesta segunda-feira, solicitando a Donald Trump que tome medidas formais contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
McCormick incorpora ao seu discurso a narrativa de perseguição política que tem sido promovida por Jair Bolsonaro, alegando que o ex-presidente é alvo de uma manobra de Moraes para impedi-lo de concorrer nas eleições de 2026, favorecendo assim o atual presidente Lula. Recentemente, Bolsonaro foi denunciado ao STF pela Procuradoria Geral da República (PGR) por supostamente liderar uma organização criminosa em seu governo anterior, com a intenção de barrar a posse de Lula e perpetrar um golpe de Estado. Vale ressaltar que Moraes é o relator desse caso no tribunal. A defesa de Bolsonaro já apresentou diversos recursos contra as decisões de Moraes, incluindo pedidos para afastá-lo do caso, todos os quais foram indeferidos.
McCormick pediu ao governo Trump e ao Congresso que imponham sanções sob a Lei Magnitsky, além de restrições de visto e sanções econômicas. Ele enfatiza que os Estados Unidos devem zelar pela democracia, pela liberdade de expressão e pelo estado de direito, alertando que pode ser tarde demais se não houver ação imediata.
A Lei Magnitsky, sancionada em 2012 por Barack Obama, confere ao governo dos Estados Unidos a autoridade para sancionar indivíduos considerados violadores dos direitos humanos ou envolvidos em corrupção significativa, o que inclui o congelamento de bens e a proibição de entrada no país.
O congressista também menciona decisões de Moraes contra plataformas digitais que não cumpriram ordens do STF, reforçando seu pedido a Trump para que tome medidas contra o magistrado.
McCormick afirma que Moraes representa uma ameaça aos Estados Unidos ao censurar empresas americanas, cercear a liberdade de expressão e violar a soberania digital. Segundo ele, as táticas autoritárias do ministro exigem uma resposta adequada.
No início de fevereiro, foi reportado que membros do governo Lula alertaram o STF sobre os potenciais riscos que Moraes poderia enfrentar com um possível retorno de Trump à presidência, incluindo a possibilidade de sanções ou até mesmo pedidos de prisão. Fontes vinculadas ao governo Lula indicam que Moraes estaria em uma situação vulnerável, dado que “qualquer juiz federal poderia ordená-lo preso caso ele estivesse nos EUA”.
Apoiadores de Bolsonaro comentam que a ação de McCormick vai além de publicações em redes sociais, com a inclusão de uma carta oficial apresentada ao governo Trump solicitando formalmente ações contra Moraes.