Durante a primeira reunião das lideranças do bloco em 2025, o chanceler brasileiro ressaltou a importância da reforma das instituições multilaterais e o aumento do uso de moedas locais entre os países participantes.
O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, declarou em 25 de outubro que o Brics possui a missão de estabelecer uma nova ordem mundial diante de crises e tensões geopolíticas. Ele enfatizou que o bloco desempenha um papel central na formação de um sistema mais justo e inclusivo, ao mesmo tempo que defende a reforma das instituições multilaterais e a ampliação do uso de moedas locais entre seus membros. Durante sua apresentação, Vieira destacou que os princípios do multilateralismo estão sendo desafiados pela atual conjuntura global.
No contexto da situação internacional em evolução, o Brics é visto como crucial na promoção de uma ordem mundial mais justa, inclusiva e sustentável, estando comprometido com o objetivo de um mundo multipolar, que não se trata apenas de uma realidade emergente, mas de um objetivo compartilhado entre os membros do bloco.
O chanceler mencionou que instituições como o FMI e o Conselho de Segurança da ONU enfrentam dificuldades para se adequar às novas realidades, o que torna urgente a reforma na arquitetura de segurança global. O Brics, que representa aproximadamente 50% da produção de energia mundial e 39% do PIB global, passou por uma expansão significativa, indo de cinco para 11 membros, o que é considerado um marco relevante para o bloco, que agora abriga quase metade da população global.
Sob a presidência do Brasil, a agenda do Brics inclui a criação de uma governança global para a inteligência artificial, com a finalidade de evitar que essa tecnologia acentue as desigualdades existentes. O chanceler também sublinhou a necessidade de fortalecer o comércio entre os países do bloco e criticou a falta de financiamento para a adaptação às mudanças climáticas, afirmando que a justiça climática deve ser uma prioridade nas discussões internacionais.
Ao assumir a presidência do Brics, o Brasil definiu seis prioridades principais: Cooperação Global em Saúde, Comércio, Investimento e Finanças, Combate às Mudanças Climáticas, Governança de Inteligência Artificial, Reforma do Sistema Multilateral de Paz e Segurança, e Desenvolvimento Institucional do Brics.
