Israel e o Hamas chegaram a um entendimento para a troca dos corpos de quatro reféns por centenas de prisioneiros palestinos, segundo informações de uma fonte israelense. Este acordo implica que o cessar-fogo em Gaza se mantém válido até o momento. Desde o último sábado, Israel retardou a libertação de cerca de 620 prisioneiros e detidos palestinos como resposta ao tratamento considerado inadequado de reféns durante sua liberação pelo Hamas, exigindo também garantias de que futuras liberações não aconteceriam sob condições consideradas humilhantes.
O Hamas havia liberado, no sábado, seis reféns israelenses de Gaza, em eventos públicos e uma transferência privada, que constituíram a última fase de retorno de reféns vivos dentro do contexto do cessar-fogo iniciado no mês anterior. Apesar do que se esperava, onde Israel liberaria 620 prisioneiros, incluindo 23 crianças e uma mulher, essa libertação foi adiada, levando a uma acusação do Hamas de violação do cessar-fogo e criando incertezas sobre a continuidade do acordo. As negociações para uma segunda fase de liberação de reféns estariam condicionadas à libertação desses prisioneiros.
Recentemente, uma fonte a par das negociações informou que um novo pacto foi estabelecido, envolvendo a transferência dos restos mortais de quatro reféns detidos em Gaza em troca da liberação de 620 prisioneiros palestinos. O Hamas confirmou a existência deste acordo, intermediado por mediadores egípcios, embora não tenha dado detalhes sobre o número exato de reféns e prisioneiros envolvidos na negociação. A autoridade israelense indicou que a entrega dos restos mortais poderia ocorrer ainda na noite de quarta-feira, no horário local.
Atualmente, o Hamas e aliados ainda mantêm 63 reféns israelenses em Gaza, e o governo israelense acredita que pelo menos 32 desses reféns estejam mortos, incluindo um soldado que está sob custódia desde 2014. A trégua, que já dura 42 dias, está prevista para expirar neste fim de semana, a menos que um novo acordo para sua extensão seja alcançado. As partes envolvidas deveriam ter iniciado negociações para um cessar-fogo permanente no começo deste mês, mas até agora essas discussões não se concretizaram.
