Decisões recentes indicam uma mudança significativa em relação à proposta original de realizar um único ato na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, liderado pelo pastor Silas Malafaia. O ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, anunciou um protesto agendado para o dia 6 de abril na Avenida Paulista, em São Paulo, com o intuito de apoiar a anistia. Malafaia, que é um dos principais aliados de Bolsonaro, está organizando essa manifestação, enquanto um ato no Rio de Janeiro está programado para 16 de março.
A mudança de local e data foi comunicada por Malafaia, que convocou os apoiadores do ex-presidente para se reunirem na Avenida Paulista. Em um vídeo compartilhado ao lado de seus aliados, Bolsonaro declarou que o foco da manifestação será a anistia e a liberdade de expressão, visando principalmente os eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Existem atualmente propostas na Câmara dos Deputados e no Senado que visam anistiar condenações criminais de indivíduos envolvidos na depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. A proposta que avança está na Câmara e aguarda uma análise de uma comissão especial, que ainda não foi formada.
A aprovação de uma lei nesse sentido poderia, teoricamente, beneficiar o ex-presidente, embora ainda haja incertezas sobre a aplicabilidade dessa legislação ao seu caso. Bolsonaro tem se mobilizado para influenciar a potencial aprovação dessas medidas. Atualmente, ele enfrenta um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR) relacionado à tentativa de golpe, estando denunciado por cinco crimes que, juntos, podem resultar em uma pena de mais de 43 anos de prisão.
Em resposta às acusações da PGR, a defesa de Jair Bolsonaro qualificou a denúncia como “inepta”, “precária” e “incoerente”, argumentando que se baseia em um acordo de colaboração considerado “fantasioso” por parte do ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid.
A Avenida Paulista já foi palco de um protesto em apoio ao ex-presidente em 25 de fevereiro de 2024, duas semanas após o início da Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe. Aliados de Bolsonaro também realizaram uma manifestação na mesma localização em 7 de setembro do ano anterior.
