Mais de 40% do orçamento do Ministério da Saúde foi comprometido por emendas para o ano de 2024. O médico e deputado federal Alexandre Padilha, do Partido dos Trabalhadores, foi nomeado para liderar a pasta após a saída da socióloga Nísia Trindade. Sua posse está marcada para o dia 6 de março. Ele enfrentará o desafio de administrar crises sanitárias, como a da dengue, e de melhorar a percepção pública da administração de Luiz Inácio Lula da Silva. Uma das questões mais desafiadoras será a pressão do Congresso em relação ao financiamento da saúde.
O novo ministro busca promover programas como o Mais Acesso a Especialistas, com a expectativa de que sua gestão consiga ampliar a popularidade dessas iniciativas. Uma das prioridades de Padilha será o combate a crises, especialmente a epidemia de dengue, que causou insatisfação no governo no último ano. A disponibilidade de vacinas e medicamentos também é uma questão de crescente preocupação, caracterizada pela escassez de imunizantes e pelo descarte de insumos considerados essenciais. Mudanças significativas nas estruturas da Secretaria Executiva e da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente são esperadas, uma vez que estas áreas são responsáveis pela gestão orçamentária, compras públicas e resposta a emergências sanitárias.
O atual secretário de Atenção Especializada, Adriano Massuda, é um dos possíveis candidatos para liderar a Secretaria Executiva sob a nova gestão. Há também a possibilidade de Padilha manter alguns membros da administração anterior, como o secretário de Atenção Primária, Felipe Proenço, e nomear Eliane Cruz para a posição de chefe de gabinete. Além disso, o médico Mozart Sales, que exerce atualmente a função de assessor especial, pode ser incorporado à nova equipe, buscando garantir a continuidade em determinados setores da gestão.
