Um inquérito foi iniciado em 12 de janeiro de 2023, por solicitação da Procuradoria Geral da República (PGR), que levantou questões sobre a possível antecipação de conhecimento por parte de Ibaneis Rocha a respeito dos atos violentos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Nesse dia, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Em resposta a esses acontecimentos, a PGR decidiu investigar as circunstâncias em torno do governador, questionando sua conduta e possíveis omissões.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu afastar Ibaneis Rocha do cargo de governador do Distrito Federal. Após uma série de investigações, a PGR concluiu que não foram encontradas evidências que demonstrassem que o governador havia se omisso ou que tivesse apoiado as ações dos manifestantes.
A Polícia Federal examinou detalhadamente as atividades de Ibaneis durante os dias 7 e 8 de janeiro e não encontrou provas que indicassem que ele tivesse adotado medidas para coibir a violência contra os manifestantes. O governador manifestou sua surpresa em relação à inação da Polícia Militar, ponto que ele destacou após ter dado ordens para que a repressão ocorresse. Apesar de seu afastamento temporário por Moraes, Ibaneis retornou ao cargo após um intervalo de dois meses.
Embora o pedido de arquivamento do inquérito contra o governador tenha sido aceito, a PGR optou por denunciar o ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, bem como membros seniores da Polícia Militar do Distrito Federal, devido à sua omissão durante os eventos que caracterizaram os episódios golpistas.