O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está realizando uma investigação sobre a possível transferência de milhões de reais para a 2GO Bank por membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), com o objetivo de aquisição de imóveis. Acredita-se que este esquema envolva uma rede de empresas de fachada, criada para disfarçar a origem dos recursos financeiros.
A 2GO Bank enfrenta acusações de ser parte de um “sistema bancário ilegal” que pode ter lavado cerca de R$ 6 bilhões, com operações envolvendo múltiplos países. Entre os mencionados na investigação estão Anselmo Becheli Santa Fausta e Rafael Maeda, que possuem conexões com o PCC. A apuração teve início com a colaboração de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, que afirmou ter se encontrado em uma das instalações da 2GO Bank com um indivíduo conhecido como “Japa”, que alegou ser sócio da fintech, mesmo sem estar formalmente registrado como tal.
Além disso, três delegados e um investigador da Polícia Civil estão sendo investigados por terem realizado uma viagem a Las Vegas com custos pagos pela fintech. Os policiais Paulo Alberto Mendes Pereira, Paulo Eduardo Pereira Barbosa, Luiz Alberto Guerra e Bruno Souza Rechinho participaram de conferências de cibersegurança, mas a viagem se tornou foco de escrutínio após a prisão do proprietário da 2GO Bank, Cyllas Salerno Elia Júnior. Ele foi detido durante a Operação Hydra e está sendo investigado por supostas atividades de lavagem de dinheiro relacionadas ao PCC. Até o momento, a 2GO Bank não fez comentários sobre os questionamentos acerca da viagem dos policiais.