A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, está prestes a deixar o cargo após mais de sete anos de liderança. Com sua nova função na articulação política do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o partido deve realizar uma votação interna para escolher um presidente interino. Essa mudança ocorrerá até o término do mandato de Gleisi, que se encerra ainda este ano. A seleção do novo presidente temporário será realizada pelo Diretório Nacional, que ainda não especificou uma data para o processo. De acordo com as normas do partido, qualquer membro do diretório é elegível para assumir a posição.
As próximas eleições para a presidência do PT estão agendadas para julho deste ano. Recentemente, o Diretório Nacional divulgou as diretrizes do Processo de Eleição Direta (PED), que resultará na renovação das direções municipais, estaduais e nacional da sigla. Entre os principais candidatos cotados para assumir a presidência está Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP), que pertence à facção oposta à de Gleisi dentro do partido. Ele coordenou a campanha de Lula em 2022 e mantém relações próximas com figuras como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ex-ministro José Dirceu, sendo avaliado como um potencial moderador na construção de alianças para as eleições de 2026.
Por outro lado, nomes sugeridos por Gleisi incluem José Guimarães, deputado federal pelo PT-AL e atual líder do governo na Câmara, e Humberto Costa, senador por Pernambuco, que coordenou o grupo de trabalho eleitoral nas últimas eleições municipais. Embora esses nomes sejam considerados menos competitivos que o de Edinho, a promoção de Gleisi para uma função de articulação política no governo poderá beneficiar seus apoiadores.
Em um anúncio recente, o Palácio do Planalto confirmou que o presidente Lula convidou Gleisi Hoffmann para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Ela substituirá Alexandre Padilha, que será nomeado para liderar o Ministério da Saúde, em substituição a Nísia Trindade, que foi demitida pela administração atual.
