O Palácio do Planalto anunciou que o presidente Lula se encontrou nesta manhã de sexta-feira com a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a convidou para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Gleisi substituirá o atual articulador político do Planalto, Alexandre Padilha, que foi nomeado na terça-feira para liderar o Ministério da Saúde, ocupando o lugar de Nísia Trindade, que foi demitida por Lula.
A cerimônia de posse da nova ministra está agendada para o dia 10 de março, coincidentemente, no mesmo dia em que Padilha fará a transmissão de cargo no Ministério da Saúde. Anteriormente, informações indicavam que Gleisi já se preparava para assumir a Secretaria de Relações Institucionais, o que parecia improvável até mesmo para os membros mais fervorosos do PT palaciano. Gleisi está prestes a deixar a presidência do PT, cargo que ocupa desde 2017.
Na semana passada, após a divulgação de uma nota sobre a possível nomeação de Gleisi, assessores de Lula consideraram a ideia inusitada e impensável. No entanto, o presidente já havia expressado seu interesse em nomear a petista durante diálogos com outros políticos em uma viagem ao Amapá, ocorrida há duas semanas. Nesta sexta-feira, Gleisi deve viajar com Lula ao Uruguai para participar da posse do novo presidente, Yamandú Orsi.
Disciplinas dentro do partido ainda tentaram persuadir Lula a escolher outro nome para o cargo na articulação política, como o do líder do governo na Câmara, José Guimarães. Contudo, investigações da Polícia Federal acerca de emendas parlamentares desviadas no Ceará têm se constituído como um empecilho nesse cenário. Também há concorrência de aliados de partidos centristas no Congresso, como o MDB, e de legendas do Centrão para o cargo.
