Na sexta-feira, 28 de abril, ocorreu uma discussão entre o comentarista José Eduardo Cardozo e o empresário e ex-deputado federal Alexis Fonteyne no programa “O Grande Debate”, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 23h, sobre a possível falta de “agressividade” por parte dos ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso se intensificou após Lula declarar, em 27 de abril, que o governo necessita de mais “agressividade política”, justificando a demissão da ex-ministra da Saúde, Nísia Trindade. O presidente também anunciou que uma reformulação em sua equipe ministerial deve ser finalizada após o feriado de Carnaval. Nísia, cuja saída foi oficializada em 25 de abril, será sucedida por Alexandre Padilha, que atualmente ocupa a Secretaria de Relações Institucionais.
Durante a discussão, Fonteyne expressou que Lula enfrentará uma situação desafiadora, destacando que a agressividade política não poderá ser obtida por meio das negociações ministeriais com os políticos do chamado “centrão”. O empresário afirmou: “Lula não conseguirá agressividade política com aquelas composições, aquele balcão de negócios que acontece nas negociações ministeriais do centrão.” Fonteyne também questionou os benefícios políticos de uma postura agressiva, acrescentando que para atingir tal agressividade, o presidente precisaria contar com apoiadores mais fiéis ao PT.
Por outro lado, Cardozo interpretou as declarações de Lula como uma orientação para a equipe de governo e afirmou que a agressividade mencionada não se refere à falta de cortesia. Ele comentou: “Ele está dando uma diretriz a sua equipe de governo, ou seja, defendam o governo, defendam suas apostas, não fiquem recuados, intimidados, porque a pressão é forte.” O comentarista completou que adotar uma postura mais afirmativa não implica em ser desrespeitoso, mas sim em desenvolver argumentos sólidos e lutar por melhores resultados.
