O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deveria se desculpar após o encontro no Salão Oval com o ex-presidente Donald Trump. Rubio caracterizou a reunião como um “fiasco” e questionou a verdadeira intenção de Zelensky em busca de paz no conflito com a Rússia.
Em uma entrevista, Rubio solicitou a Zelensky que se retratasse por transformar a reunião em um evento problemático. O encontro entre Zelensky, Trump e o vice-presidente JD Vance rapidamente se transformou em uma discussão e não resultou em um consenso significativo sobre a guerra.
O ex-presidente Trump manifestou a opinião de que Zelensky não estaria genuinamente interessado em alcançar a paz, ao mesmo tempo em que insinuou que o presidente russo, Vladimir Putin, possui desejo de negociações. Um assessor de Trump que esteve na Ucrânia também teria desaconselhado a realização da reunião no Salão Oval.
Os comentários de Rubio evidenciaram a deterioração nas relações entre os Estados Unidos e a Ucrânia. A declaração veio após a visita de líderes do Reino Unido e França a Washington, onde ressaltaram a necessidade de os EUA intervirem na busca por um cessar-fogo que não priorizasse os interesses de Putin em detrimento de Zelensky.
Rubio fez suas observações horas depois da reunião, que não resultou em um acordo vital sobre a exploração de minerais de terras raras da Ucrânia, que poderia ter avançado as negociações para o fim do conflito de três anos com a Rússia. Em vez disso, a reunião culminou em críticas de Trump e Vance a Zelensky, que foi acusado de não demonstrar a devida gratidão pelo apoio já recebido dos Estados Unidos e por exagerar sua capacidade de negociações.
Após o encontro, Trump decidiu que Zelensky deveria deixar a Casa Branca, apesar do interesse da Ucrânia em continuar as conversações. A coletiva de imprensa programada foi cancelada, e o futuro da assistência americana ao esforço de guerra na Ucrânia ficou sem resposta clara.
Em relação às declarações do senador republicano Lindsey Graham, que sugeriu que Zelensky poderia considerar a renúncia, Rubio afirmou que Trump “não se posicionou sobre isso”, destacando que o ex-presidente transmitiu a mensagem de que Zelensky poderia retornar apenas quando estivesse preparado para buscar a paz.
Rubio ainda comentou que a posição de Trump sobre Putin permanece em um espírito de desconfiança, porém com verificações. Durante uma declaração na mesma noite, Trump expressou que deseja um líder que possa fazer a paz na Ucrânia, questionando a capacidade de Zelensky de realizar tal objetivo.
Rubio também discorreu sobre o confronto verbal entre Zelensky e Vance durante a reunião, onde o vice-presidente sugeriu que a diplomacia poderia ser o caminho para a paz. Zelensky revidou citando compromissos diplomáticos falhos de Putin antes da invasão, e posteriormente, Vance criticou Zelensky por sua postura durante a interação.
Rubio considerou que a reunião desviou de seus objetivos após essa troca. Ele expressou sua frustração, afirmando que os esforços para alcançar a paz foram comprometidos e sugeriu que Zelensky deveria se desculpar por desviar a atenção em um momento crucial.
Rubio enfatizou que Zelensky seria bem-vindo de volta à Casa Branca quando estivesse “preparado para buscar a paz de maneira séria”. O secretário ressaltou que não se pode considerar a possibilidade de uma mesa de negociações com Putin e a Rússia enquanto houver ataques verbais.
Ele também observou que é prematuro conjecturar se Trump, Putin e Zelensky se reuniriam para negociações sobre a paz. A complexidade do conflito, que possui raízes históricas profundas e investimentos significativos por ambas as partes, exige uma abordagem cuidadosa.
Rubio concluiu afirmando que a guerra é insustentável e precisa terminar, ressaltando que, no momento, Trump é considerado o único líder que pode ter uma chance real de mediar o fim desse conflito e que é necessário proporcionar a ele essa oportunidade.