Dólar registra aumento de 1,50% no final de fevereiro. O fechamento foi cotado a R$ 5,916, trazendo um reflexo direto da confirmação de Gleisi Hoffmann como nova Secretária de Relações Institucionais. A nova secretária assume essa função no lugar de Alexandre Padilha, e sua abordagem em relação ao ajuste fiscal recebe críticas do mercado. A ausência de um comprometimento claro com esta questão é interpretada como um possível obstáculo para a recuperação dos ativos brasileiros. Hoffmann ingressa em um contexto repleto de incertezas, e sua habilidade de articulação política é uma preocupação crescente para os investidores. O cargo é crucial para a comunicação entre o governo e o Congresso, e a capacidade de Hoffmann de gerenciar essas relações será monitorada atentamente. A desconfiança em sua atuação pode afetar negativamente a confiança do mercado.
Adicionalmente, a tensão no cenário internacional, especialmente após um encontro tumultuado entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, tem gerado um aumento na aversão ao risco. Essa situação levou muitos investidores a buscarem mercados mais seguros, resultando em uma fuga de capitais de países emergentes, incluindo o Brasil. Essa influência externa também afeta o comportamento do mercado interno. Os dados de inflação dos Estados Unidos, que se mostraram condizentes com as expectativas, reforçam a percepção de que o Federal Reserve deve manter as taxas de juros. Combinada com a pausa nas negociações em virtude do carnaval, essa conjuntura eleva o grau de cautela entre os investidores. O índice Ibovespa, refletindo essa insegurança do mercado, apresentou uma queda de 1,48%, fechando em 122.957 pontos.
