Durante um período de seis anos, o papa Francisco dedicou-se à elaboração de seu livro “Esperança”, que recentemente alcançou a lista de mais vendidos da VEJA. De acordo com informações da BookInfo, a obra ocupou a oitava posição na categoria de autoajuda e esoterismo. Este livro representa a primeira autobiografia escrita por um papa, combinando relatos pessoais e sua dedicação ao sacerdócio com reflexões sobre questões relevantes contemporâneas, como guerras, a crise climática e o avanço tecnológico. No Brasil, a publicação é realizada pelo selo Fontanar, do grupo Companhia das Letras.
“Esperança” é vista como um relato abrangente, desenvolvido ao longo de seis anos, que se estende do início do século XX até os dias atuais. A obra inclui fotografias do acervo pessoal do papa e se configura como um testamento moral e espiritual, refletindo uma vida voltada para ajudar os outros.
Segundo declarações de Carlo Musso, editor da autobiografia, o lançamento do livro deveria ter ocorrido apenas após o falecimento do papa. No entanto, Francisco optou por adiantar a publicação em razão do Jubileu de 2025, uma comemoração significativa para o catolicismo que acontece a cada 25 anos, durante a qual os fiéis buscam um encontro com Deus e uma renovação espiritual.
Após o falecimento do papa, em 21 de abril, houve um aumento considerável na procura por outras obras culturais que tratam da figura do pontífice, tanto fictícias quanto não. O filme “Conclave”, por exemplo, teve um crescimento de 1,8 milhão de minutos assistidos no dia 20 de abril, saltando para 6,9 milhões até o final do dia 21 na plataforma Prime Video. O filme, protagonizado por Ralph Fiennes, aborda o processo de escolha de um novo papa e recebeu indicações em oito categorias do Oscar 2025.
Além disso, o filme “Dois Papas”, dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, registrou um aumento de 417% nas visualizações na Netflix entre o dia 20 e 21 de abril, subindo de 290 mil para 1,5 milhão de minutos assistidos.