O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, Janja da Silva, têm gerado discussões no cenário político nacional. A dinâmica entre eles no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente em Brasília, é destacada por petistas que se referem ao horário de término das atividades de Lula, geralmente em torno das 18h, como a “hora da sopa”. Após esse horário, a comunicação com o presidente se torna quase inexistente.
Aliados de Lula apontam Janja como o foco principal de uma carta do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, também conhecido como Kakay. Nela, Kakay afirma que o presidente, durante este terceiro mandato, está “isolado” e “capturado” por diversas circunstâncias, especialmente de natureza pessoal. Ele menciona que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também tem sido alvo de críticas, mas enfatiza que as dificuldades enfrentadas pelo presidente são, em grande parte, de caráter pessoal.
Kakay observa que Lula, neste novo mandato, apresenta uma diferença significativa em seu comportamento, afirmando que ele não está realizando política ativamente. A carta menciona que Lula perde interlocutores capazes de transmitir críticas e conselhos necessários, além de ter se distanciado de amigos políticos ao longo do tempo, o que, segundo o advogado, compromete sua habilidade de seduzir, ouvir e entender o cenário político.
Em um evento público realizado após a divulgação da carta, aliados de Lula notaram a presença discreta de Janja. Durante a recepção ao presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, no Itamaraty, a primeira-dama foi observada em um papel relativamente apagado.
