Deolira Glicéria Pedro da Silva, nascida em 10 de março de 1905 na cidade de Porciúncula, no noroeste do estado do Rio de Janeiro, atualmente tem 120 anos. Ao longo de sua vida, testemunhou importantes eventos históricos, como o governo de Rodrigues Alves, a criação do primeiro avião e a Primeira Guerra Mundial. No momento, Deolira reside em Itaperuna, rodeada por uma extensa família que inclui três filhos, 20 netos, 40 bisnetos e 37 tataranetos. Ela é frequentemente referida como o “Terror do INSS” e ainda não teve sua idade oficialmente reconhecida por instituições como o Gerontology Research Group, que se dedica à validação de supercentenários.
A obtenção de documentação que comprove a longa vida de Deolira tem se mostrado desafiadora. Em decorrência de uma enchente em 1977, muitos de seus documentos originais foram perdidos, e os registros disponíveis datam desse período. Se conseguir comprovar sua idade, Deolira se tornará a mais velha do mundo, ao se aproximar do recorde de longevidade da francesa Jeanne Calment, que viveu até 122 anos e 164 dias. Apesar das adversidades enfrentadas, sua saúde se mantém em excelente estado.
Deolira participa de um estudo conduzido pela Universidade de São Paulo (USP), que investiga os fatores genéticos associados à longevidade. Os pesquisadores buscam compreender se existem genes protetores que possam explicar a resistência e vitalidade de Deolira, mesmo sem acesso regular a cuidados médicos ao longo de sua vida. A diversidade genética brasileira, que abrange influências europeias, africanas e nativas, pode ser um aspecto crucial para entender esta questão.
