15 abril 2025
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A Estratégia de Lula Durante a Crise de Tarifas de Trump

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizou nesta quarta-feira, 9, a necessidade de maior integração entre os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Essa proposta é pertinente, pois, atualmente, o Brasil mantém um volume de comércio consideravelmente maior com nações da região do que com os Estados Unidos.

Em um contexto marcado por tarifas elevados e uma guerra comercial em escalas inéditas, a ideia de fortalecer o comércio entre países latino-americanos e caribenhos se mostra uma alternativa significativa. Movimentos semelhantes estão ocorrendo em outras regiões, visando intensificar as relações comerciais locais.

Entretanto, a reunião da Celac não ocorreu sem controvérsias. A declaração criticando as altas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos encontrou vozes dissonantes entre os participantes. De forma curiosa, esses dissidentes incluem países com posições ideológicas divergentes, como a Nicarágua, que se apresenta como uma ditadura de esquerda, e a Argentina, sob a liderança da extrema direita. O Paraguai também se opôs, mas sua situação é parte de uma questão mais ampla que não será abordada neste contexto.

Diante da instabilidade econômica global, caracterizada por flutuações acentuadas nas bolsas de valores, o presidente Trump optou por um recuo em sua postura. Essa decisão, embora benéfica para os países que fazem parte da Celac e que se opõem à política tarifária agressiva dos Estados Unidos, é vista como temporária.

De acordo com análises de publicações renomadas, como o The New York Times, Trump enfrentava pressão significativa de grandes empresários do setor de tecnologia, que estavam enfrentando perdas financeiras substanciais devido à dependência do comércio com a China. Contudo, o recuo do presidente dos Estados Unidos não modifica o cenário das sobretaxas de 10% que permanecem em vigor para uma ampla gama de produtos, significando que, além das tarifas já existentes, há um acréscimo de dez por cento. A expectativa é que essa redução nas tarifas para alguns países sirva também como um sinal positivo em relação à China.

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