A estátua “A Justiça”, localizada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), foi vandalizada com a frase “Perdeu, mané” durante os eventos de 8 de janeiro. O ato, realizado por Débora Rodrigues dos Santos, é interpretado como parte de uma estratégia política da extrema direita, que busca reforçar a narrativa de “perseguição” promovida pelo ministro Alexandre de Moraes.
Identificada como a “mulher do batom”, Débora tornou-se uma figura central na tentativa de mobilizar apoio no Congresso Nacional para um projeto de anistia destinado aos indivíduos envolvidos nos eventos de janeiro. Essa manobra política desafiou a tranquilidade do STF, levando à decisão de conceder prisão domiciliar à acusada.
O contexto do ato de vandalismo, que transcende a mera pichação, inclui o envolvimento de Débora em um movimento que buscava pressionar por um golpe de estado, utilizando apoio de setores descontentes das Forças Armadas. A medida que a acusada retorna para casa pode reforçar percepções de que as ações do STF são excessivas.
Adicionalmente, o fato de Débora ter filhos e seu pedido de desculpas à corte podem contribuir para sua utilização em futuras manifestações. Um novo ato da extrema direita está agendado para o dia 6 de abril na Avenida Paulista, onde o deputado Flávio Bolsonaro incentivou as participantes a levarem “armas” na forma de batons, com a expectativa de um evento mais bem-sucedido que o anterior, realizado em Copacabana.
O cenário se configura, portanto, como um esforço claro pela anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, incluindo figuras proeminentes do governo anterior e do ex-presidente Jair Bolsonaro. A mobilização em torno da figura de Débora Rodrigues dos Santos é vista como uma estratégia para promover a impunidade dos envolvidos.