A inflação dos alimentos está apresentando sinais de desaceleração, o que pode oferecer um respiro inesperado para o governo. Economistas, no entanto, ressaltam que essa mudança é resultado de uma safra abundante no setor agropecuário, e não de iniciativas diretas do governo.
Os preços de itens básicos como arroz, feijão e carne já mostraram reduções, e essa tendência deve se intensificar nas próximas semanas. Em uma tentativa de combater a inflação, o governo decidiu isentar de tarifas de importação nove produtos alimentares, incluindo azeite, milho e carnes.
Entretanto, especialistas apontam que a eliminação das tarifas de importação terá influência limitada sobre os preços, uma vez que impostos estaduais, como o ICMS, permanecem elevados. O principal motivo para a queda nos preços segue sendo a produção interna do setor agropecuário.
Conforme a safra de 2024 ajuda a estabilizar a inflação dos alimentos, o governo optou por reduzir as tarifas de importação para tentar controlar os preços. Contudo, mesmo sendo favorecido por esse contexto, o agronegócio continua expressando insatisfação com as políticas públicas, apesar dos benefícios trazidos pela queda nas inflações alimentares.
Embora o governo busque ações para administrar a situação, o agronegócio é quem frequentemente recebe os louros dessa melhora nas condições econômicas. Tradicionalmente, a diminuição da inflação alimentícia poderia sinalizar uma recuperação na popularidade do governo, mas, até o momento, esse efeito não se manifestou. Recentemente, a taxa de reprovação de Lula alcançou 53%, o maior índice registrado no último ano. A questão que se coloca agora é se estas alterações nos preços serão suficientes para amenizar a insatisfação da população.
