A cinco dias da votação que irá definir a nova presidência da Câmara dos Deputados por mais dois anos, o deputado Hugo Motta (Republicanos), principal candidato ao comando da Casa, demonstrou sua influência política durante um jantar com a bancada federal do Rio de Janeiro, na capital fluminense. O encontro ocorreu em uma churrascaria de prestígio na Zona Sul da cidade e contou com a presença de senadores, vereadores, prefeitos de cidades do interior, representantes de partidos como PT e PL, e ainda do governador Cláudio Castro (PL) e do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD).
Acompanhado pelo líder do Progressistas na Câmara, Dr. Luizinho, e pela deputada federal Dani Cunha (União), Motta se reuniu com mais de 30 parlamentares para ouvir os principais pedidos do governo estadual, que incluíam a revogação de vetos ao programa que busca aliviar as dívidas dos estados, o fortalecimento da legislação penal e a manutenção do número de cadeiras que o estado possui, tanto em nível federal quanto estadual.
As demandas foram reiteradas pelo governador Cláudio Castro ao chegar ao evento e foram bem recebidas por Motta, conforme destacou em seu discurso para os presentes, de acordo com os organizadores, Dr. Luizinho e Áureo Ribeiro. A reunião, que simboliza o amplo apoio que Motta recebeu de diversas legendas, teve como organizadores Dr. Luizinho e o deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade) e contou com a participação de parlamentares como Lindbergh e Benedita da Silva, do PT, e General Pazuello (PL) e Sóstenes Cavalcante (PL), além do presidente estadual do PL no Rio, Altineu Cortes. As únicas siglas que não formalizaram apoio a Motta foram o PSOL, que lançou o deputado Pastor Henrique Vieira, e o Novo, cujo candidato é o parlamentar Marcel Van Hatten.
Entre os presentes estavam também o líder do MDB na Casa, Isnaldo Bulhões, que considerou se candidatar ao mesmo cargo que Motta no ano passado, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o presidente da Assembleia do Rio, Rodrigo Bacellar, e o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (Republicanos), além de Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, que atualmente não ocupa um cargo eletivo.
Na opinião do ministro Costa Filho, a candidatura de Motta contribui para melhorar a relação entre o governo federal e a Câmara dos Deputados, que, sob a liderança de Arthur Lira (PP), enfrentou diversas tensões com o Planalto nos últimos dois anos. Mais cedo, Motta esteve também em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde se reuniu com líderes locais em uma das áreas mais populosas do estado, além da capital.