9 março 2025
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A Revolução da “Inteligência Viva”: Um Alerta Crucial para o Futuro da Humanidade

A futurista norte-americana Amy Webb lançou recentemente a 18ª edição de seu relatório de tendências tecnológicas, que aborda a evolução de sensores avançados e biotecnologia. Essa convergência resulta na criação de sistemas denominados “inteligência viva”, capazes de sentir, aprender, adaptar-se e evoluir, impactando significativamente as interações humanas com a tecnologia no futuro.

Durante a apresentação do relatório no SXSW 2025, um dos principais eventos globais de tecnologia, música, inovações e cultura, foi destacado que a “inteligência viva” pode catalisar um ciclo exponencial de inovação, atuando como um propulsor para tecnologias que estavam inativas, como computação quântica e robótica. Também foi enfatizado que as decisões tomadas nos próximos cinco anos terão repercussões duradouras para a civilização humana, indicando que a transformação tecnológica não afeta apenas modos de trabalho e vida, mas redefine a própria essência da humanidade.

Webb observou que a humanidade está desenvolvendo sistemas que têm a capacidade de reprogramar a biologia, remodelar a matéria em nível atômico e processar informações de formas que desafiam princípios da física clásica. Ao longo da história, ocorreram saltos significativos que mudaram irrevogavelmente o curso da civilização.

O relatório, com 1.000 páginas, inclui centenas de tendências organizadas em 15 volumes. Abaixo estão as dez principais conclusões extraídas do documento:

1. A inteligência viva integra aspectos diversos da inteligência artificial, unindo sensores e biotecnologia em sistemas que têm a capacidade de pensar de maneira autônoma e evoluir para além dos limites humanos.
2. Modelos de ação tornam-se mais proeminentes que modelos de linguagem, à medida que a inteligência artificial transita de funções de comunicação para funções executivas, redefinindo os limites da automação.
3. Robôs começam a se dispersar além das fábricas, com tecnologias avançadas permitindo sua adaptabilidade em contextos do mundo real.
4. Sistemas de inteligência artificial podem agora definir seus próprios objetivos e desempenhar decisões complexas, o que amplia o conhecimento humano.
5. Metamateriais têm o potencial de reescrever as leis físicas, à medida que substâncias projetadas revolucionam a construção do mundo.
6. Empresas de tecnologia formam parcerias inesperadas, à medida que as demandas da inteligência artificial forçam colaboradores antigos a compartilhar recursos computacionais e de dados.
7. A crise climática acelera inovações, pois eventos climáticos extremos promovem a rápida adoção de tecnologias de ponta.
8. A energia nuclear demonstra um renascimento, com a demanda energética da inteligência artificial levando grandes empresas a investir em reatores modulares de pequeno porte.
9. A computação quântica atinge marcos relevantes, com avanços na correção de erros permitindo aplicações práticas.
10. O setor privado inicia a colonização do espaço cislunar, criando uma nova economia entre a Terra e a Lua que pode transformar o comércio global.

Amy Webb atua como pesquisadora de tendências e é professora na NYU Stern School of Business. Como CEO do Future Today Strategy Group, ela elabora anualmente o Tech Trends Report, reunindo tendências de tecnologia e outros campos do conhecimento. Iniciou sua carreira no jornalismo, passando por publicações como o The Wall Street Journal, e tem experiência como consultora para empresas como Hulu. Em 2019, foi reconhecida como uma das 100 mulheres do ano pela BBC e, em 2022, participou de eventos no Brasil.

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