A primeira reunião de líderes da Câmara dos Deputados, sob a presidência de Hugo Motta (Republicanos-PB), introduziu mudanças significativas em comparação ao estilo de gestão anterior, liderado por Arthur Lira (PP-AL). Durante a reunião, Motta enfatizou a importância de discutir a pauta de votação do plenário de forma mais detalhada, com o objetivo de fortalecer a atuação do colégio de líderes e garantir previsibilidade e planejamento nas sessões.
Diferentemente da abordagem de seu antecessor, que priorizava apenas propostas sob regime de urgência, o novo presidente e os líderes de bancada estabeleceram que o rito expresso será uma exceção, a ser aplicado em circunstâncias específicas. De acordo com Mauro Benevides Filho (PDT-CE), Motta pretende reforçar o funcionamento das comissões, que estarão sob sua supervisão.
Com as novas diretrizes, a inclusão de projetos na pauta de votação do plenário terá um prazo mínimo de oito dias de antecedência. Nesse período, os projetos deverão ter um relator designado e um parecer elaborado, permitindo que as bancadas tenham tempo suficiente para discutir as propostas e negociar possíveis alterações com o relator. Benevides Filho afirmou que a prática de apresentar relatórios apenas 24 horas antes das votações será eliminada.
Além de modificar a dinâmica das discussões, Motta também implementou novas regras para a presença e votação dos deputados nas sessões. Nas terças-feiras, a marcação de presença deve ser feita com biometria dentro do plenário, enquanto o registro de votos pode ser realizado remotamente pelo aplicativo Infoleg. Nas quartas-feiras, tanto a marcação de presença quanto o voto devem ser registrados presencialmente, utilizando a biometria. Por fim, nas quintas-feiras, os deputados poderão tanto marcar presença quanto votar pelo Infoleg.