13 fevereiro 2025
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Ação no Complexo de Israel Impede Grande Conflito

O Secretário Estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, declarou na noite do dia 12 de outubro que a operação policial realizada durante o dia contra narcotraficantes no Complexo de Israel foi planejada de forma emergencial, baseada em dados de inteligência. Ele ressaltou que foi percebida uma movimentação de criminosos visando a ocupação da comunidade do Quitungo, afirmando que o objetivo da ação era evitar um aumento da violência na região.

O secretário comentou que a ação das forças policiais conseguiu pressionar os criminosos a recuar. Ele mencionou que a movimentação dos traficantes havia sido detectada tanto pela Polícia Civil quanto pela Polícia Militar. A resistência encontrada no Complexo de Israel ao ingressar na área confirmou a veracidade das informações de inteligência recebidas.

O Complexo de Israel é uma região localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro, conhecida por ser dominada pela facção Terceiro Comando Puro (TCP), liderada por Álvaro Malaquias Santa Rosa, também chamado de Peixão. O grupo tem expansão de suas atividades em bairros adjacentes à Avenida Brasil, como Parada de Lucas, Vigário Geral e Cidade Alta, utilizando táticas violentas para ampliar seu território.

Peixão, que se identifica como evangélico, também foi ligado a episódios de intolerância religiosa, incluindo ordens de fechamento de terreiros e ameaças a líderes das religiões de umbanda e candomblé. Apesar de ter um histórico criminal extenso, ele não foi preso até o momento.

Victor dos Santos ainda expressou que a ofensiva do grupo criminoso em direção ao Quitungo poderia resultar em um conflito com a facção rival, Comando Vermelho. Durante a operação, intensos tiroteios foram reportados em Parada de Lucas, e um helicóptero da Polícia Militar foi atingido por disparos, necessitando aterrissar de forma forçada.

O secretário esclareceu que não havia informações específicas sobre o envolvimento de Peixão na movimentação, mas acredita-se que ele e outros chefes da facção possam estar ligados ao ocorrido. No entanto, não foram feitas prisões durante a operação.

Por sua vez, o Secretário de Estado da Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que a missão da operação não era capturar criminosos, mas sim evitar a ocupação de uma nova comunidade. Ele enfatizou a importância de proteger a vida dos moradores do Quitungo, prevenindo possíveis violências que poderiam ocorrer caso os traficantes conseguissem entrar na área.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, frequentemente crítico em relação à política de segurança do estado, elogiou a operação e expressou a esperança de que Peixão fosse preso. Ele destacou que a área afetada inclui bairros que não devem ser controlados por facções e fez um apelo por ações eficazes.

Antes do início da operação, as forças de segurança fecharam a Avenida Brasil e a Linha Vermelha, principais ruas conectando o centro do Rio de Janeiro à Baixada Fluminense, causando impacto no trânsito da cidade. Relatos e imagens circulando nas redes sociais mostraram pessoas se deslocando nas vias e se abrigando no chão para se proteger.

De acordo com o secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes, os criminosos tentaram desviar a atenção da operação realizando atividades ilícitas em outros locais da cidade. O Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio de Janeiro manifestou sua preocupação diante da situação de segurança pública e mobilidade urbana, relatando um ônibus incendiado, outro atingido por disparo, além de veículos utilizados como barricadas, o que forçou a alteração de itinerários de várias linhas.

Ainda não foram divulgados dados precisos sobre o número total de feridos. Um policial civil foi atingido por estilhaços perto do olho e passará por cirurgia. Outras três pessoas foram levadas a hospitais, com informações indicando que seus ferimentos não são graves e devem receber alta nas próximas horas.

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