27 abril 2025
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Acesso a UTIs Limitado Após Visitas a Bolsonaro, Afirma CFM

O Conselho Federal de Medicina (CFM) reiterou, na sexta-feira (25), que o acesso às Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) “é restrito e deve seguir rigorosamente os critérios estabelecidos por normas da Anvisa, do Ministério da Saúde e do CFM”. Esta declaração foi emitida após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser visitado enquanto se encontra internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília. Além disso, Bolsonaro foi intimado, na quinta-feira (23), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebendo inclusive um oficial de Justiça dentro do quarto da unidade hospitalar. Ele foi notificado sobre a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022, tornando-se réu após decisão unânime da Primeira Turma do STF, que ocorreu em 26 de março.

Em nota, o CFM enfatizou os critérios obrigatórios para o acesso à UTI, que incluem: autorização prévia da equipe médica, visitas agendadas em horários restritos, limitação do número de pessoas por leito, cumprimento rigoroso de protocolos de segurança sanitária e uso adequado de equipamentos de proteção individual. O CFM também adicionou que os conselhos regionais de Medicina devem investigar “o desrespeito a protocolos técnico-científicos de acesso à UTI”, considerando os riscos que isso pode representar à saúde e à vida dos pacientes. Recentemente, o ex-presidente também recebeu visitas do pastor Silas Malafaia e do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, desconsiderando ordens médicas.

Atualmente, Bolsonaro está internado desde 12 de abril. No dia 13, ele passou por uma cirurgia para desobstrução intestinal, considerado pelos médicos como “extremamente complexa e delicada”. Segundo o último boletim médico, divulgado neste sábado (26), sua condição é estável, sem febre e sem alterações na pressão arterial, mas ainda não existe previsão de alta. A equipe médica também informou que Jair Bolsonaro não está realizando alimentação oral, recebendo suporte nutricional e calórico por via endovenosa. “Persistem os sinais de gastroparesia (retardo do esvaziamento do estômago) e ainda não houve movimentos intestinais espontâneos, o que impede momentaneamente a alimentação por via oral ou pela sonda gástrica”, indicou o hospital.

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