Pouco antes da colisão, o piloto do helicóptero militar reportou uma altitude de 300 pés, enquanto o instrutor de voo indicou 400 pés, conforme relata um novo documento. O incidente, que ocorreu no final de janeiro em Washington, envolveu um helicóptero Sikorsky Black Hawk e um avião Bombardier CRJ700, que operava sob uma subsidiária da American Airlines. Ambos os veículos caíram nas águas do rio Potomac, próximo ao aeroporto Ronald Reagan, resultando na morte de 67 pessoas.
Jennifer Homendy, diretora da Agência Nacional de Segurança do Transporte dos Estados Unidos, salientou que a comunicação entre o piloto do helicóptero e seu instrutor mostrava uma discrepância nos dados de altitude. O relatório se fundamenta nas últimas informações do voo de ambas as aeronaves, obtidas das caixas-pretas. No momento da colisão, foi determinado que o Black Hawk estava a 278 pés. Homendy observou que a investigação está concentrada em entender a razão por trás dessa diferença nos relatos de altitude.
A análise também indicou problemas de comunicação entre o helicóptero e a torre de controle. Uma gravação das conversas da torre, divulgada após o acidente, revela que foi instruído ao helicóptero que “passasse por trás do CRJ”. No entanto, essa mensagem não foi registrada no gravador de voz do Black Hawk. Segundo Homendy, a aeronave de passageiros tinha acesso a todas as comunicações com a torre, enquanto o helicóptero somente ouvia as mensagens enviadas pela torre de controle.
